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A luta da EAD – por Gilson Piber

Reportagem publicada na edição de terça-feira, dia 3 de novembro, no Jornal O Estado de São Paulo, e assinada pela jornalista Mariana Mandelli, sob o título “Ensino a distância sofre resistência”, alerta para um dado preocupante: um levantamento feito pela Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a Distância (ABE-EAD) revela que 18 mil alunos de instituições públicas e privadas foram vítimas de preconceito por terem feito a opção pela referida modalidade de ensino. Os casos, conforme a reportagem, são “de discriminação por alunos de cursos presenciais, dúvidas dos empregadores sobre a validade dos cursos – mesmo os autorizados pelo Ministério da Educação -, dificuldades para conseguir estágio, para obter o registro profissional e fazer inscrição em concurso”. A ABE-EAD recebe as denúncias de preconceito desde 2007.

Conforme o Censo da Educação a Distância há no Brasil, hoje, mais de 2,6 milhões de alunos em 1.752 cursos de EAD. A reportagem informa, ainda, que o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, disse que qualquer medida contra o aluno formado por instituições credenciadas pelo governo é ilegal.

A situação leva a várias reflexões: se o sistema foi implantado e reconhecido pelo MEC, por que o dito preconceito existe contra os alunos formados pela EAD? A formação obtida na EAD qualifica ou não qualifica o profissional? A EAD não foi implantada de maneira muito rápida no país? Enfim, são alguns questionamentos. Certamente, outros existem e merecem uma melhor análise dos especialistas educacionais.

O que lamento é um cidadão investir na EAD e ver seu esforço não reconhecido após a formação conquistada. Aí reside uma angústia muito grande daqueles que buscam a EAD como meio de qualificação e capacitação e, ao finalizarem o curso, têm a formação obtida colocada em dúvida.

O MEC precisa agir rápido para proteger os alunos e egressos da EAD, bem como evitar uma eventual desvalorização, seja de quem for, da ainda recente modalidade de ensino implantada. O Brasil é um país que precisa avançar na área educacional e a EAD é um dos caminhos. Lógico que o aprimoramento da modalidade se faz necessário, principalmente na qualificação dos docentes que atuam e atuarão no novo sistema e no gerenciamento pedagógico e administrativo. A EAD é vista como uma oportunidade para muitos que não tiveram acesso à educação tradicional. Este sonho será, também, frustrado? Espero que não.

Gilson Piber – [email protected]

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