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ELEIÇÕES 2010. Dilma decidiu ser sua própria marqueteira. Mas com Lula por perto

Tirar a peruca foi apenas o gesto mais visível da nova estratégia de Dilma (na foto com o Cara). Será?
Tirar a peruca foi apenas o gesto mais visível da nova estratégia de Dilma (na foto com o Cara). Será?

Não sou, não fui e (pelos próximos 15 anos ao menos) não serei candidato a coisa alguma. Mas estou no pedaço (à espera de um convite para ser colunista social) há mais de 20 anos e um balaio de eleições. E, posso assegurar, deve ser um saco agüentar marqueteiro. Não, de jeito algum, desqualifico a importância deles. Sobretudo na análise dos dados disponíveis e na adequação da estratégia que pode se tornar vitoriosa.

Dito isto, é importante saber que os candidatos, cada dia mais, se dão conta que ser eles mesmos, ainda que com eventuais prejuízos iniciais, pode ser a melhor maneira de captar votos. Ainda mais, e aqui me refiro especialmente a Dilma Rousseff, quando tem, mais que cabo, um general eleitoral como Lula.

Mas, o que significa essa história de deixar o marqueting um pouco de lado? Não sei se é exatamente issso, mas se trata de assunto interessante tratado em reportagem publicada na edição mais recente da revista IstoÉ. O texto é assinado por Claudio Dantas Sequeira, com foto de Roosewelt Pinheiro, da Agência Brasil. Confira:

Dilma Como Ela É

…Cansada de seguir as recomendações dos gurus do marketing para que se mostre uma pessoa mais simpática e afável, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT a presidente, decidiu aparecer para o público como ela mesma. O primeiro passo foi tirar a peruca, depois de sete meses. Ela usava o acessório desde maio, quando o cabelo começou a cair por causa da quimioterapia para o tratamento de um câncer linfático. Em solenidade no Itamaraty na segunda-feira 21, Dilma estreou, em público, seus cabelos naturais, de fios curtos e castanho-escuro. O novo visual é também um gesto de afirmação da forte personalidade da ex-guerrilheira. Em conversas com assessores nos últimos dias, a ministra decidiu que não se deixará mais moldar pelos mandamentos do marketing político. “Cansei de tentar ser outra pessoa. Vou ser quem eu sou”, disse ela.

Em vez de repetir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2002, passou a adotar o estilo “Paz e Amor”, Dilma quer transmitir a imagem de quem faz valer sua autoridade. E disseminar a ideia de que o êxito do segundo mandato do presidente Lula se deve, em parte, ao seu pulso firme à frente da Casa Civil. Para o cientista político Antonio Lavareda (NOTA DO EDITOR DO SÍTIO: Lavareda é filiado ao PSDB e principal conselheiro, na área de pesquisas, para os tucanos e o DEM), a nova estratégia da campanha oficial é uma faca de dois gumes. “Dilma ser ela mesma é sempre positivo. O marketing que tenta ocultar as características do candidato tem grande risco de dar com os burros n’água”, disse à ISTOÉ. O problema, segundo Lavareda, é que o jeitão de durona pode não agradar à maioria dos eleitores.

Da mesma forma, o gesto de retirar a peruca pode ter dois efeitos. “Um ato como esse gera, em algumas pessoas, solidariedade. É uma postura corajosa evocar a doença que teve. Mas, para outras pessoas, menos informadas, pode gerar um ruído, pois Dilma foi vista de peruca em vários programas de tevê. Qual o efeito desse ruído de percepção visual na mente das pessoas é algo a ser investigado”. Antes de tomar a decisão de ser mais coerente com ela mesma, Dilma teve uma longa conversa com o marqueteiro Duda Mendonça, a quem confidenciou sua insatisfação com o processo de construção de sua imagem pública. No encontro, Duda mais ouviu do que falou. E ela saiu da reunião convencida de que está no caminho certo, ao decidir não mais interpretar uma personagem adocicada. Já a adoção dos cabelos naturais, sem a peruca, foi tema de uma conversa de Dilma com Lula há um mês. “Dilma me perguntou e eu falei que ela tinha mesmo que aposentar a peruca logo que o cabelo crescesse um pouco mais”, confirmou o presidente em evento no Itamaraty.

A partir dessa nova estratégia, com um perfil mais coerente, Dilma sabe que tem um desafio grande pela frente do ponto de vista eleitoral. Em São Paulo, o maior colégio de eleitores do País, o PSDB domina com folga as recentes pesquisas de opinião, que dão ao governador José Serra (PSDB) uma vantagem de até 12 milhões de votos sobre a pré-candidata petista no Estado. Isso significa 10% de todo o eleitorado nacional. Segundo…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens publicadas na edição mais recente da revista IstoÉ.

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