SOBRE A LUNETA. Ninguém é imune a críticas. Nem este sítio
A cidade (e o planeta, acredito) tem suas vestais. Acima do bem e do mal. Crítica, mínima que seja, é considerada crime de lesa-majestade. Ou, para usar uma expressão da moda e sobre a qual poucos sabem, muito menos praticam, “falta de ética”.
Fui perguntado, agora há pouco, se não considerava a dita cuja “falta de ética” com um colega a crítica colocada na “Luneta Eletrônica” de hoje (vai mais abaixo, para conferir, se desejar) sobre um programa de “jornalismo” que escutei ontem.
Não vou entrar nessa de “ética” porque aí nós iremos falar também em “conflito de interesse”. As pessoas imaginam que uma emissora de rádio (ou televisão) é apenas uma empresa. Não é. Trata-se de concessão PÚBLICA. Para começar. E fico a me perguntar se é do interesse do “público”, usar meia hora para reproduzir discurso do chefe e do sub-chefe. Se me entendem. Então, fiquemos assim, no caso específico.
Quanto a este sítio, a regra é simples: não há ninguém imune a críticas. N-i-n-g-u-é-m. Nem mesmo o “dono”, ou editor, ou repórter – que não raro leva algumas pauladas dos leitores. E agüenta no osso. Concordando ou não.
E mais: quando, por qualquer razão (até mesmo falta de vontade de se incomodar ainda mais), o sítio não trata de determinado assunto, o leitor tem, mais que o SAGRADO direito, espaço sobrando para dar a sua própria razão. Que – exceto em caso de ofensas pessoais e terminologia que possa levar a processo, regras de resto conhecidas de todos – NUNCA é censurada.
E ponto.
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O interessante é que para certas pessoas o limite ético se movimenta conforme seus interesses. Talvez, e eu repito, talvez, o que tenha gerado esta reprimenda ao Claudemir não tenha fundo ético e sim, tenha mais a ver com interesses contrariados a partir da nota publicada no “Luneta Eletrônica”. Sei lá!
Desde quando criticar um veículo de comunicação, seja um programa ou quem o conduz, é falta de ética? Nossos jornalistas não aceitam bem as críticas. Falta de ética é trabalhar em uma empresa e e em veículo de comunicação e usá-lo para beneficiar a empresa. Tem gente em SM que acha normal trabalhar em assessorias de sindicatos e também em veículos de comunicação, por exemplo. Ou trabalhar em assessoria de órgãos públicos e também em rádios e usá-las para fazer média com o chefe do outro emprego. Isso, sim, é falta de ética. Realmente, não há ninguém imune a críticas.