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BOA DISCUSSÃO. O sigilo da fonte do jornalista e o direito de proteção da sociedade

Se eu soubesse a resposta à pergunta, muito provavelmente ela seria aqui exposta. Ocorre que, creia (hehehe), nããão sei. Exceto que protejo o sigilo das minhas fontes, quando o interesse é público. Mas mesmo isso é muito vago, cá entre nós. Afinal, quem decide se o interesse é ou não público sou eu, o repórter. Será isso correto. Também não sei.

Mas o fato é que situações concretas não raro nos colocam na condição ideal para debater o assunto, de resto bastante complicado. E esse, trazido pelo jornalista Carlos Brickmann, na seção “Circo da Notícia”, do sítio especializado Observatório da Imprensa, me parece perfeito para fomentar a discussão. Acompanhe:

ESCOLHA DE SOFIA – Proteção da fonte, proteção das crianças

É um belíssimo debate jornalístico: o repórter francês Laurent Richard entrevistou um grande número de pedófilos para um programa de TV. Em seguida, revelou seus nomes à polícia. Em consequência das denúncias de Richard, 23 pessoas foram presas por pedofilia, na França (22) e no Canadá (1).

Estava correto o jornalista, ao esquecer o segredo da fonte e chamar a polícia?

Este colunista, em princípio, considera a polícia a inimiga natural dos jornalistas. E a preservação da fonte, mais do que um direito do repórter, é a proteção de quem lhe dá informações. Mas, quando os princípios são confrontados com os fatos, muitas vezes encontram seus limites. Lembremos que, por mais que sejamos defensores da liberdade de expressão, ninguém de bom senso defenderá o maluco que grita “fogo” dentro de um cinema lotado. No caso da reportagem sobre pedofilia, a preservação das fontes pode significar algo mais: um número maior de novas vítimas de um crime absolutamente intolerável.

Richard sofreu muitas críticas na França. Mas analisemos sua posição: as pessoas que entrevistou cometiam crime de abuso sexual contra crianças já há algum tempo, tinham montado uma estrutura para encontrar mais crianças de quem abusariam, não tinham mostrado qualquer indício de que não mais atacariam menores. Poderia ele, o repórter, escudado na neutralidade profissional, protegido também pela norma de não entregar as fontes, dormir sossegado, sabendo que…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outros artigos e seções publicados no sítio especializado Observatório da Imprensa.

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