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O voo do tucano – por Gilson Piber

É preciso dar um passo atrás e refletir sobre uma disputa eleitoral. Analiso, assim, a decisão de Jorge Pozzobom trocar a candidatura à Câmara Federal pela da Assembleia Legislativa gaúcha. O ex-vereador “bom” corria sérios riscos, há até quem diga que morreria na praia novamente, ao concorrer a deputado federal. Precisaria duelar nas urnas locais, principalmente com Paulo Pimenta e Fabiano Pereira, ambos do PT, sem falar na disputa caseira do PSDB, com o hoje deputado estadual Nelson Marchezan Júnior, que almeja aterrissar em Brasília.

Ao que tudo indica, a saída do vice-prefeito José Farret (PP) da corrida para o Parlamento Gaúcho fez o filho do Seu Albino e da Dona Tereza alterar o objetivo inicial. Não que seja mais fácil, para Pozzobom, eleger-se deputado estadual pelo ninho tucano, mas o caminho é menos pedregoso. A candidatura Pozzobom causa enorme estrago nos planos do afilhado do prefeito Cezar Schirmer, vereador e ex-secretário da pasta de nome quilométrico, Tubias Calil (PMDB). É bem verdade que ambos terão de disputar, voto a voto, as sobras deixadas por Farret. Tem a vereadora Sandra Rebelato (PP), que também sonha com os votos de Farret para desembarcar em Porto Alegre sem a ajuda da Balsa Deusa do Jacuí. Nem falo no ex-prefeito Valdeci Oliveira (PT), que vai célere para o triunfo. O petista só não pode adotar a tática do “já ganhou” nem “do salto alto”, pois a vitória só chega após a contagem dos votos.

O embaixador da governadora Yeda Crusius na região central do Estado tem o mano e vereador Admar como cabo eleitoral. Nunca é demais recordar que, em 2006, Pozzobom fez 29.490 votos só nas urnas do Coração do Rio Grande, então como candidato a deputado federal. Foi o mais votado na disputa local. Evidente que quase quatro anos se passaram e a fila também andou na “República de Santa Maria”. Ainda em 2006, o último tucano a garantir cadeira no Parlamento Gaúcho foi a não menos amigona da governadora, Zilá Breitenbach, que obteve 25.106 votos. Com a votação feita para federal, Pozzobom sairia eleito da “Terra da Medianeira” para a Assembleia. Mas nem tudo são números. Eles indicam algo, mas a eleição é só em outubro. 

O democrata Laurindo Lorenzi Filho não é carta fora do baralho na luta para ingressar na Assembleia Legislativa. Tem o apoio político, e principalmente logístico, do deputado federal Onyx Lorenzoni, com quem faz uma dobradinha bem interessante. Lorenzi também busca alguns votinhos na base farrezista e realiza um trabalho de formiguinha nas áreas ambiental, comunitária, cartorial, entre outras. Lorenzi limpou a área na Secretaria de Proteção Ambiental e acabou preterido, diga-se injustamente, numa disputa interna com o PSDB de Pozzobom, que bancou o novo secretário da pasta. Se o candidato do DEM vai surpreender ou não, as urnas dirão em outubro.

Eu adoro ano eleitoral. As obras andam em ritmo acelerado, os nervos ficam à flor da pele e muitas apostas são feitas. Havia um tempo em que algumas pessoas escolhiam pela gente. Atualmente, cada um pode escolher os seus preferidos. Basta votar, de preferência com responsabilidade e consciência tranquila.

Gilson Piber – [email protected]

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