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REFLEXÃO. Creia, nem sempre o ouvinte tem razão. E até bombeiros levam trote

Entre os vários textos que compõem, nesta semana, a seção “Circo da Notícia”, assinada pelo veterano jornalista Carlos Brickmann, no sítio especializado Observatório da Imprensa, pelo menos um me chamou particularmente a atenção e decidi dividir com o leitor deste (nem sempre) humilde sítio.

Diariamente, e nos três períodos, as emissoras de rádio de Santa Maria, como regra, abrem espaço à manifestação dos ouvintes. Nada de checagem. Até mesmo o tradicional “é a opinião do ouvinte” é “argumento” usado para permitir verdadeiros disparates. Logicamente são a exceção. Mas que abrem caminho para uma série de impropriedades, algumas beirando o surrealismo.

É sobre o comportamento atual dos profissionais e dos veículos, o que trata Brickmann no trecho que republico a seguir. E aí você faz a comparação com o que ouve e lê na boca do monte. E tira tua própria conclusão. Acompanhe:

“…Velhos tempos

Houve época em que a informação era checada antes da publicação. Houve época, também, em que a informação trazida por gente de fora do veículo era duplamente checada: primeiro, porque um não-jornalista poderia eventualmente cometer enganos que um profissional não cometeria; segundo, porque um funcionário da casa que publicasse uma besteira poderia ser punido, enquanto o não-funcionário continuaria sua vida tranquilamente, sem sequer se sentir culpado pelo erro e pelos prejuízos que tenha provocado.

Mudou, mudou muito. O experiente jornalista Delamar da Cruz, daqueles que ainda fazem questão de saber se o que estão divulgando é verdade, manda um bilhete lembrando que é espantoso escutar que o ouvinte Fulano de Tal telefonou informando que a Rodovia X está totalmente congestionada, após acidente com vítimas etc., etc. “Alguém checa essas informações? Quem garante sua veracidade?” Os consumidores de informação sempre ligaram para as redações, mas sempre alguém as checava antes de divulgá-las. “Quebram-se as normas jornalísticas”, diz Delamar. “Parece-me que o importante é a contenção de gastos e a credibilidade que se dane.”

Claro: se existe gente que dá trote no Corpo de Bombeiros, por que não daria trote numa rádio com informações sobre um desastre que não aconteceu e um congestionamento que não existe?…”

PARA LER A ÍNTEGRA DO “CIRCO DA NOTÍCIA”, CLIQUE AQUI .

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