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O que vier primeiro – por Daiani Ferrari

Ainda tenho dedos para digitar, mas isso já não é tarefa fácil, tamanho é o frio que está fazendo. Exageros à parte, estou achando esse inverno “por demais” rigoroso, pensei que não superaria o do último ano, mas, para mim, já passou léguas de distância.

Deixando o frio de lado, tenho conversado com pessoas de fora do estado e uma delas comentou dia desses sobre a grande quantidade de cachorros nas ruas e uma coisa que a intrigava era a situação de saúde dos pobres animais.

– São todos estranhos – dizia.

Comentei que por aqui era meio comum o grande número de animais soltos pelas ruas, que alguns até eram meio adotados pela comunidade, que os alimentavam, oferecia assistência médica se necessário fosse. Mencionei, inclusive, o caso da cachorra Gorda, que vive no Centro de Santa Maria. Um bicho querido, não cria confusão, todos gostam e é a presença mais assídua em qualquer tipo de atividade que esteja sendo realizada pelos arredores. Gorda deve ganhar até banho dos lojistas e moradores do Centro, pois já a vi diversas vezes com lacinhos parecidos com os que meu cachorro ganha quando volta do pet shop.

Recomendei que quando visse casos extremos em que só atendimento especializado resolvesse, se não pudesse providenciar, que chamasse uma instituição que acolhe e cuida dos pobrezinhos. (Se pudesse, levava todos para casa, mas sou fortemente reprimida!).

Voltando ao frio, essa era outra de suas reclamações. Ela não conseguia se adaptar. Por mais roupas que usasse, nada fazia com que seus pés ficassem quentes, suas mãos tivessem a agilidade de sempre e sua maior vontade era um chapéu que cobrisse as orelhas, como o do Chaves, dizia, e um protetor de nariz. (fico pensando, para quem tem nariz grande, como eu, que coisa mais feia um protetor de nariz… prefiro o frio). O banho ela pensava no mínimo cinco vezes se realmente ia tomar.

Saímos à rua para tentar encontrar coisas que amenizassem o frio da moça, moradora de Imperatriz, no Maranhão, perto da Linha do Equador. Depois de mais uma conversa sobre cachorros e frio ela finalmente entendeu o que acontecia e no fim achou graça. Finalmente, a visitante friorenta presenciava o chamado “frio de renguear cusco”, que havia escutado fazia anos e achava que era apenas uma lenda urbana.

Agora ela, com pena dos cachorrinhos, tinha dois desejos: ou levá-los para o Maranhão ou que a primavera rapidamente chegasse. O que viesse primeiro.

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Um Comentário

  1. É muito triste ver animais abandonados. Eu choro toda vez. Muito triste mesmo!!
    E quanto ao frio, ela nunca ouviu falar em calefação? hehehe. *-*

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