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Idioma materno, idioma terno – por Jorge Luiz da Cunha

Em São Paulo para participar do IV Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica na Universidade de São Paulo – USP, cheguei no sábado, dia 24 de julho, e aproveitei o final de semana para visitar o Museu da Língua Portuguesa , no domingo.

Instalado na Estação da Luz, em frente ao parque com o mesmo nome, é parte de um projeto para revitalizar uma região da cidade de São Paulo que permaneceu degradada durante quase seis décadas.

O Museu da Língua Portuguesa é uma homenagem ao idioma falado por mais de 200 milhões de habitantes espalhados pelos quatro continentes. No Brasil são 190 milhões de pessoas que usam esta língua para se comunicar, narrar suas memórias do passado e registrá-las, planejar o seu presente e projetar-se no futuro.

Para quem pensa em encontrar exposições centradas na língua culta, nos padrões gramaticais ou no léxico, há uma ótima surpresa. Milhares de pessoas de todas as idades e classes sociais que visitam o museu mensalmente são apresentadas a sua própria forma de falar. Exposições, organizadas com o uso da mais alta tecnologia de luz, áudio e computação, transformam-se em uma bela homenagem ao visitante.

No museu, pessoalmente, me senti orgulhoso de falar esta língua, de ser herdeiro de sua história, de contribuir com ela cada vez que a uso.

Na memória, fica a marca de uma nota sobre o futuro do nosso idioma materno, da língua portuguesa que falamos no Brasil: “Nossa língua, nosso melhor retrato. Nossa língua, o português do Brasil é fruto de uma longa história. Criação coletiva que afirma e expressa nossa identidade, ela está todo o tempo sendo reinventada por nós: nas roças, nas ruas e favelas, em nossos ritmos e ritos, nos poemas e nas canções. Todos somos autores de nossa língua, todos somos seus alunos e professores. Nossa língua, é, portanto, nosso melhor retrato.”

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Um Comentário

  1. Já fui, é lindo.
    Deixo uma homenagem à nossa língua.
    Nada que fale sobre ela em si, mas o uso que faço da mesma para me retratar.

    “Se em uma onda meus reis fossem de areia
    Desfaleceriam meus sonhos através do tempo
    Morrer-se-iam as gotas que deixaram marcas
    Pelo caminho que um dia tracei…

    Se em dunas meu corpo desenhassem
    E com magias o revivessem
    Eu seria como princesa n’água
    A transbordar a imagem que vejo…

    E no reflexo do convalescido desejo
    Que um dia fora doente
    Emerge a vontade louca
    De imergir no oceano imenso…

    Mas se em dunas meus reis fossem magos
    E andassem ao meu alcance
    Não encontrariam face
    Posto que a deixei na onda que carregou meus prantos.”

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