Eleições 2010JornalismoMídia

MÍDIA. Decano do jornalismo brasileiro, Alberto Dines avalia o “método Veja”

É cada vez mais visível a forma heterodoxa utilizada pela ex-revista Veja (hoje um “partido de extrema direita”, como já escreveu o jornalista Marcos Rolim) para praticar jornalismo e o seu produto. E não apenas, o que fica mais grave ainda para seus proprietários, da Editora Abril, pelos mais antenados. Até quem não lê a publicação já fica desconfiada, após cada manchete.

Mas, entre os que têm experiência suficiente na crítica (que nem sempre é negativa, por certo) é cada vez mais evidente que o que ali se faz é qualquer coisa, menos jornalismo Tem até um, digamos, “método”, como avalia Alberto Dines, um dos decanos da mídia nativa, sendo um dos responsáveis, entre outros feitos, pela reforma do falecido Jornal do Brasil, então considerado o pontapé inicial de uma nova fase do jornalismo impresso nativo. Acompanhe, a propósito da Veja, e em especial de sua última edição, a análise publicada originalmente no sítio especializado Observatório da Imprensa, reproduzida na editoria “Opinião Pública”, no jornal eletrônico Sul21. A seguir:

O método Veja de jornalismo

A revista Veja desenvolveu ultimamente um tipo de reportagem denuncista apoiada em misteriosos vazamentos, ilações, e não em investigações. Optou pelo gênero de jornalismo de cruzada (cruzading journalism), adjetivado, politizado, claramente engajado. Seus críticos sentem-se livres para reciprocar no mesmo tom, desconsiderando liminarmente o teor e a importância do que está sendo publicado.

A mais recente revelação do semanário, no último fim de semana, contém os velhos vícios e o mesmo estilo panfletário dos últimos tempos. Porém, algumas das suas revelações parecem consistentes: Israel Guerra, filho da atual ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, envolveu-se num esquema de favorecimentos em altas esferas da administração federal, especialmente nos Correios, em troca de “taxas de sucesso” (success fee), por intermédio de uma empresa de consultoria que tem o irmão como sócio.

Isto não significa que Erenice Guerra esteja implicada no esquema, embora tenha admitido que poderia ter encontrado os denunciantes-favorecidos em casa de familiares. E o fato de a ministra da Casa Civil ser amiga e ex-auxiliar da antecessora, a candidata Dilma Rousseff, não justifica sob hipótese alguma a menção do seu nome num ilícito praticado à sua revelia.

Contorcionismo editorial

Veja também errou quando avisou que possuía a gravação dos depoimentos incriminadores, mas não os disponibilizou imediatamente em seu site…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SIGA O SITÍO NO TWITTER

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo