EFEITOS. Não há dúvida: no Estado, o grande perdedor foi o PMDB. Até PDT e PP ganharam, mesmo derrotados

Alguém dirá: e o PDT, afinal estava coligado com o PMDB de José Fogaça e o vencedor foi o PT? Na-na-ni-na-não! O partido do falecido Dr Leonel perdeu o vice-Palácio Piratini, mas só não será governo se não quiser, pois será convidado por Tarso Genro para compor na administração. E mais: com a renúncia de Fogaça, ganhou, de inhapa, a prefeitura de Porto Alegre por dois anos, com José Fortunati. E mais: manteve suas bancadas na Câmara dos Deputados (3 cadeiras) e na Assembléia Legislativa (3). Cadê a derrota, então?

Disso pode falar o PSDB, que além do Piratini viu minguar suas bancadas no parlamento, tanto em Brasília quanto no Rio Grande. Como também podem se referir o DEM, quase “extirpado” no Legislativo regional e federal. Ou o PSOL, que por insuficiência de votos na legenda, não teve quociente eleitoral para manter a cadeira da deputada federal de Luciana Genro.

Mas não, definitivamente não, o PDT. Nem mesmo o PP, entre os partidos relevantes. Afinal, se perdeu duas cadeiras na Assembléia, ganhou uma na Câmara dos Deputados e, ainda por cima, colocou Ana Amélia Lemos no Senado. De inhapa, tem agora um nome, o da própria, para colocar na discussão de 2014, para o próprio Piratini.

Assim, resta o PMDB. Perdeu a disputa para o Governo do Estado, a prefeitura de Porto Alegre, não conseguiu eleger Germano Rigotto para o Senado e ainda viu se reduzir sua bancada parlamentar. Na Câmara dos Deputados, eram cinco agora serão quatro; na Assembléia eram nove, ficaram oito. E agora?

Agora é, primeiro, ir para o divã, tentar descobrir as causas da derrota. Depois, acabar com essa história de “imparcialidade ativa” e assumir um lado no pleito presidencial. Depois, se refazer diretivamente. Aliás, o primeiro passo foi dado, com o anúncio de Pedro Simon, que deixará a presidência. Palpite: é uma saída honrosa para o veterano militante. Sai. Ou será saído. Mas é só o começo. Pode apostar.

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