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OUTRO OLHAR. Docente da UFSM faz fortes críticas a alguns colegas que participaram da última assembleia

A professora da UFSM, Suze Scalcon, que o editor acredita não conhecer, mas respeita, não poupa palavras para criticar alguns de seus colegas na instituição, e que participaram da última assembleia da categoria, na semana passada. Aquela em que se definiu o “indicativo de fim de greve” – que será reavaliado na tarde de hoje em novo encontro chamado pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM.

Como este sítio, modéstia às favas, e independente da opinião do editor, abre espaço para todas as posições, convida todos a conferir o texto a seguir, que é publicado na íntegra:

“Professores em assembleia depõem contra si

Por Suze Scalcon (*)

De volta à docência junto a UFSM e ao movimento sindical vinculado à SEDUFSM depois de exatos dezenove anos, não é de se admirar que esta universidade tenha mudado: professores aposentaram-se, colegas de pós-graduação tornaram-se docentes, parceiros de militância partidária e sindical ocupam postos importantes na administração central, antigos professores declinaram de ideais políticos críticos. O aumento da área construída e do número de cursos também salta aos olhos. Entretanto, há sim alguns fatos que me fazem, para além de admirar-me, pasmar-me ao ponto de paralisarem minha cabeça, tronco e membros.

O contexto histórico-conjuntural no qual vivem homens e mulheres – ostras ou não – trabalhadores em educação do Ensino Superior das universidades públicas brasileiras, junto com outros trezentos mil servidores federais alocados em 33 categorias, tem sido, nos últimos meses, marcado pelo estado de greve. Contexto construído pela história que os homens tecem dia após dia. Embora a negação da história seja uma das marcas triunfais dos tempos denominados pós-modernos, nos quais o capitalismo emerge como única forma de organização social possível, o relativismo epistemológico e a farsa da inclusão social se espalha até no ar que respiramos.

Bem sabemos que a conjuntura em que subsiste o movimento sindical docente, no caso do Ensino Superior Público brasileiro, é particularmente marcada por um fenômeno denominado de sindicalismo de Estado, o qual se objetiva na entidade para-governamental conhecida como PROIFES. Promovendo um tipo de pseudo sindicalismo, é uma organização que sob o apoio e controle do governo busca representar politicamente docentes visando desapropriá-los de sua autonomia moral e porque não dizer intelectual.

Sim, porque o senso crítico passa pelas condições intelectivas, pelo grau de apropriação da realidade e, por conseguinte por seu nível correlato de alienação. E aqueles que coadunam com a referida organização, no mais das vezes, lamentavelmente, o fazem em troca de oportunidades e possíveis vantagens pessoais. Mas estejamos atentos, porque o que está em jogo é – para além da venda da propriedade do “próprio nariz” – a autonomia da universidade pública brasileira.

É com isso que os grevistas também estão preocupados quando somam às razões do movimento à defesa de uma carreira e condições adequadas de trabalho que possibilitem uma vida que, entre cabelos brancos ou tingidos, para além de si mesmos, tenham ciência de terem promovido vir-a-seres inflados de sentimentos menos ensimesmados, menos individualizados e individualizantes. Ao que sabemos, a universidade tem como fundamento de sua existência a universalização dos conhecimentos acumulados teórica, cultural e cientificamente pelos homens. Afinal, ainda são os valores que guiam a humanidade. Ou não? Ou não mais?

Importa, para os mais esclarecidos, que neste movimento obtivemos um ganho; o reconhecimento da legitimidade do ANDES-SN e da importância de um sindicalismo combativo e autônomo.

Bem, mas o que quero aqui mencionar são algumas expressões e comportamentos que vi, falas e de afirmações que ouvi na assembleia realizada dia, 30/08. Venho participando do movimento de greve desde sua instalação, portanto das assembleias semanais promovidas pela SEDUFSM, entre outras atividades. À ocasião tivemos um número bastante expressivo de professores, não grevistas, que lá compareceram pela primeira vez. Fato que, de algum modo, chama minha atenção provocando reflexão, é certo.

Muitos deles declaradamente expressaram o desejo de “terminar” com a greve, seja ao microfone ou mesmo através de um estranho comportamento, representado pelo uso de vaias e de conversas mais que paralelas, para não dizer aos gritos, o que os assemelhava a alunos que, ao não frequentarem o semestre, aparecem no último dia para reclamarem da qualidade das aulas. Bem poderiam estes colegas desviarem o curso circular de seus umbigos e compreenderem que a  greve não é da UFSM é das IFEs. E, não deve ter sido a troco de nada que órgãos com a CAPES, CNPQ, INEP, servidores do INCRA, policiais federais, auditores e analistas da Receita Federal, servidores do núcleo financeiro (Banco Central, Superintendência de Seguros Privados e Comissão de Valores Mobiliários), das agências reguladoras, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), analistas de infraestrutura que atuam em 18 ministérios, auditores do Trabalho e Polícia Civil de ex-territórios, entre outros, também entraram em greve.

Mas eu me pergunto: o que devem estes colegas, que se quer conseguem pensar em si para além do hoje, ensinar aos seus alunos? Se Deus existe, rogo a ele que meu filho jamais passe por vossas mãos e que nada ouça de vossas bocas.

Muitos colegas ignoraram que estamos diante de uma greve de proporções inéditas, cuja bandeira é a defesa de uma carreira e de condições adequadas de trabalho, situação em que nossas vidas e nosso futuro estão em questão. Ou esquecem este fato ou o desconhecem. E porque observo que esquecem ou desconhecem?  Vejam só: entre outros, o que ouvi, de um colega por ocasião da referida assembleia: “hoje vamos acabar com a festa do sindicato”. Não pude deixar de refletir mais e mais.

Ao que parece fazem festa aqueles que ganham um bom salário, aqueles que realizam consultorias técnico-científicas, que recebem a partir do estabelecimento de convênios com empresas privadas, que ministram cursos pagos, aqueles que desqualificam o ensino trabalhando com Educação à Distância. Fazem festas aqueles que buscam alternativas de complementação salarial. Eu, como uma trabalhadora da educação faço greve. E a faço porque, ainda, tenho consciência, a conhecida consciência de classe.

Há ainda colegas que externizam seu descrédito a greve como instrumento de luta

Se a greve não fosse um meio válido o sindicalismo – internacionalmente – não teria atravessado a história da humanidade obtendo direitos/ganhos por outros meios nunca alcançados e, inclusive a oportunidades de prestar um concurso público, ao contrário de entrar pela porta dos fundos.

Não estamos em greve para defendermos interesses pessoais e privados. Nossa luta se funda num princípio básico civilizatório chamado cooperação. Fosse ao contrário, faríamos pequenos serviços remunerados para além do trabalho habitual.

Ouvi também outro colega que, ao afirmar fervorosamente a necessidade de término da greve, declarava que o seu, é um bom salário. Sua justificativa eu desconheço, porque desconheço sua história de vida. Mas aportar na décima segunda assembleia, e clamar por seu término em nome de sua satisfação pessoal com seu próprio trabalho e com o que lhe é pago, pela exploração de sua força de trabalho… convenhamos!!!!

Outros tantos fatos curiosos teria a mencionar, mas poupemos os leitores e não nos delonguemos. Resta dizer que é admirável a postura dos colegas que explorados como todos se postem como verdadeiros pequenos burgueses delirantes e, me perdoem, biscateiros. Que fossem os antigos conservadores que guiaram esta instituição por décadas, não era de se admirar tal postura, mas acordemos, tratam-se de colegas jovens, supostamente arejados, mas que contraditoriamente foram formados a partir da cultura tecnologia do culto do eu.

Nós, os grevistas, não somos analfabetos. Somos profissionais que tivemos uma formação teórica consistente. Nós, somos grevistas porque temos um domínio acurado de conhecimentos que extrapolam formações específicas. E, o somos pela consciência de que aquilo que é sólido não se desmancha no ar e nem mesmo vaga ao embalo de interesses individualistas, individualizantes, imediatos, pragmáticos e utilitaristas.

A greve, não foi tão breve, como creem alguns. Breve são os dias pelos quais nossas vidas privadas e acadêmicas se enredam. Dias dos quais alguns levarão à tumba somente, e quiçá, lembranças do sortilégio das coisas materiais a que alguns se agarram a vida inteira. Outros não.”

(*) Professora do Departamento de Metodologia  do Ensino UFSM

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10 Comentários

  1. Tiago Matilhas, vamos admitir então que sua glosa seja essa ou qualquer outra, que a prosa clara e objetiva seja algo como esse teu texto barroco, e que estar preparado para um debate seja fundamentalmente ler “a arte de ter razão” e ser uma espécie de meta-debatedor que patrulha ideologicamente as opiniões contrárias – também não se apresenta ideia nenhuma assim. Mas que tipo de ideia pode ter alguém que acha Cazuza um grande poeta? A burrice é eterna, sim, mas no caso da greve, a idiotia dos “alfabetizados” politicamente por psicopedadogias e patologias esquerdistas causa mais dano. A burrice, meu velho, não faz assembléia nem grita contra os outros palavras de ordem – por outro lado, às vezes ela carrega os fardos desses letrados irresponsáveis que se acham sempre vítimas do capitalismo ou do status quo.

  2. Como fomos instados pelo comentarista Vinicius O., então, vamos à réplica:
    Primeiro, por acaso você já ouviu falar de um recurso estilístico clássico, chamado “plural de modéstia”? Pelo visto, não. Neste caso, recomendamos fortemente ao prezado debatedor o regresso aos bancos escolares, para terminar sua formação patentemente inconclusa, antes de aventurar-se em debates públicos, em particular, antes de tentar achincalhar a titulação de outrem e seu texto.
    Assente isso, deve ficar muito claro que a autoria do comentário presente e do anterior é de nossa inteira responsabilidade, em que pese o referido recurso retórico. Contudo, não nos parece idôneo, numa discussão virtual, esconder-se covardemente atrás do vil anonimato, de toscos pseudônimos, e de abreviaturas de prenomes e sobrenomes. Logo, a nossa glosa é assinada, de arte que aceita as devidas consequências legais e morais, pressupostas num debate público. Aliás, à guisa de esclarecimento: não fazemos parte, nem servimos a nenhum partido, organização, sindicato, e congêneres. Isto é, como diria o grande poeta Cazuza: “o meu partido é o coração partido.”
    No mais, percebe-se que o comentador valeu-se de “fina” ironia, ao voltar à carga com o argumento sobre uma suposta “Verdade” que a autora do artigo em questão arrogar-se-ia. Quem sabe se o raciocínio, exposto pelo querelante, não fosse tão confuso e obtuso, então, poderíamos compreender melhor o legítimo salto de fé, realizado pelo debatedor, entre o que efetivamente consta no artigo e uma alegada insinuação disso ou daquilo. De fato, trata-se, por parte do comentarista, de uma tentativa reiterada de criar um espantalho argumentativo extremamente mal acabado, ou melhor, descabelado, desdentado, e esfarrapado.
    Enfim, para encerrar a nossa participação nesse animado debate, visto que a nossa manifestação excedeu em muito o escopo do texto em tela, e igualmente tal contenda não nos diz mais respeito, assim, resta uma última palavra ao nosso interlocutor.
    Com efeito, o pior dos mundos possíveis é o caso de uma pessoa presumidamente sem títulos, que usa declaradamente um português de galinheiro, e que não defendeu, até agora, ideia alguma, seja boa, seja ruim, seja de conta própria. Dessarte, ao invés de estabelecer-se um debate franco com possíveis críticas construtivas, o comentarista apelou para provocações gratuitas e chavões vazios, e. g., “esquerdistas idiotas”, “bárbaro letrado”. Pois bem, já que se falou de “idiotas”, “bárbaros” etc, aproveitamos o ensejo para dizer que, no fundo, invejamos o nosso interlocutor, parafraseando o grande escritor Nelson Rodrigues, por invejarmos “a burrice, porque é eterna.”

    Saudações,
    Tiago Mathyas

  3. Que disciplina, método, artifício, ou local teórico, como tu diz, explica a atitude de escrever um comentário individual utilizando a terceira pessoa (“nós pensamos…”). Seria bom saber quem é “nós”. Em todo caso, a professora insinuou que a incapacidade de não entender as justificativas da greve em última instância eram incapacidades intelectuais. Isso é ataque pessoal sim, por sinal, legítimo.
    Quando me refiro à VERDADE talvez esteja me referindo a capacidade do individuo de expressar-se como coletividade, ou melhor, de ao defender uma posição imaginar que outra posição seja uma incapacidade cognitiva. E talvez, de fato, seja um delírio meu, uma imagem que criei e que não corresponde a realidade – isso acontece, é até comum, e também por isso não se escreve longos artigos retóricos vociferando contra posições contrárias; É psicologicamente verossímil que uma pessoa assim se imagine possuindo algum tipo de VERDADE que pede o grito e a anunciação. Mas, sim, nem sempre verossímil corresponde a verdade.
    Não creio que Jean Piaget ficasse feliz de ser usado como fundamento de brigas sindicais, e nem que sua teoria fosse deturpada pôr esquerdistas idiotas – o Paulo Freire gostaria, mas o Piaget não. Agora, isso é tão irrelevante quanto a psicopedagogia.
    O meu português pode ser de galinheiro sim, mas “bárbaro letrado” é uma contradição que pode ser sintetizada por uma pessoa com títulos e que utiliza um português ruim para defender ideias ruins.

  4. De início, congratulamos a autora pela iniciativa cidadã, pela coragem (sem medo de expor-se ao debate e ao julgamento públicos), e principalmente pelo texto em si.

    Texto este marcado pela verve argumentativa e pela defesa rigorosa e inapelável de valores fundamentais, i.e., a cooperação, a historicidade humana, e a construção da consciência (crítica, emancipada, e não alienada) através da dialética entre ser humano e trabalho, grosso modo.

    Assim, as palavras da autora são adequadamente
    justificadas não só pela própria situação de greve (o que por si mesmo ensejaria um escrito) – advinda,
    sabe-se bem, da precarização e da flexibilização do
    Magistério Superior, tanto no plano de carreira, quanto nas condições de trabalho e no salário; mas também justificadas máxime pelas declarações claramente descabidas e descoladas da realidade docente do Ensino Superior brasileiro. Referimo-nos às afirmações feitas pelos professores avessos à greve, referidos de forma elegante e sem fulanizações no artigo em tela.

    A propósito, pensamos que o jornalista responsável pelo blog, que vinculou o texto, foi infeliz, no
    mínimo, ao alegar que “[a autora] não poupa palavras
    para criticar alguns de seus colegas na instituição.” Como se a avaliação elaborada pela autora tivesse um caráter de ataque pessoal, e não de exame crítico e de justa indignação perante a conjuntura de greve.

    Posto isso, com a devida licença, tomamos a liberdade de responder aos demais comentários negativos:

    Ad Burke:
    De pronto, esconder-se atrás de um grande
    autor (Edmund Burke, supõe-se) é um sinal inequívoco e ululante de covardia intelectual… Ademais,
    comprometer-se teoricamente com uma tradição de
    pensamento e de pesquisa (no caso da autora, o
    marxismo) implica o reconhecimento tácito de que teoria alguma é perfeita. Portanto, qualquer paradigma é passível de ser criticado, desde que o seja de modo fundamentado e arrazoado. Por outro lado, a crítica marota e pueril, esboçada no comentário em questão – tal como o infante ao atirar uma pedra numa vidraça para depois fugir impunemente – não adota posição alguma, ou simplesmente não se declara, de sorte que fica nessa situação constrangedora do petiz fujão…

    Ad Vinicius O.:
    Primeiro, qual o seu critério de uma escrita bem talhada? Vejamos, por exemplo, o seu comentário. A saber, notamos alguns solecismos primários: na primeira frase o “porque” (deveria ser “por quê?”), depois, na expressão “uma bárbaro letrado”(por acaso, o cidadão foi recém alfabetizado a ponto de
    cometer um erro de concordância tão crasso?). Como
    alguém pode rechaçar a redação alheia, no tocante à
    forma, ao exibir um português de galinheiro?

    Segundo, quanto à rasa contestação feita ao conteúdo do texto: em que momento a autora afirmou estar trazendo uma “Verdade” universal e inconteste? Isso só pode ser fruto de uma imaginação delirante, ou de uma tentativa frustrada de criar uma figura retórica fictícia para depois a reprochar.

    Terceiro, porventura o comentador nunca ouviu falar de Jean Piaget? Qualquer bacharel, cuja formação é de natureza científica, tem alguma noção das contribuições científicas capitais de Piaget na área do desenvolvimento cognitivo, na teoria do aprendizado, bem como se destaca a ideia mui fecunda de unificação do saber humano em um “sistema das ciências”, entre tantas outras valiosas e indispensáveis teses. Ressaltando que Piaget, entre outros autores, é um dos grandes precursores da Psicopedagogia.

    Por fim, apenas um arrematado e completo néscio poderia ignorar a importância do campo da Psicopedagogia, como local teórico interdisciplinar entre a Psicologia e a Pedagogia, de sorte que tal conjunção tenta superar as limitações conceituais e metodológicas das referidas disciplinas. Bem, mas talvez essa ordem de articulação intelectual não esteja ao alcance do comentarista.

  5. Considero a reflexão da Suze muito coerente e corajosa. Clareza de raciocínio independe de abordagem teórica escolhida/ seguida/ para explicar os fenômenos sociais. Parabéns!

  6. Primeira coisa: porque escreve tão mal uma professora com doutorado? Talvez isso seja irrelevante para alguém que está trazendo A VERDADE, mas de qualquer forma não há conteúdo algum nessa forma tosca de ser ignorante.

    Exploração da sua força de trabalho, consciência de classe, pequenos burgueses, que discurso manjado – é isso que uma pessoa aprende dedicando anos de sua vida ao estudo? O destino é se tornar uma bárbaro letrado?

    [Um psicopedagogo é um argumento ambulante para aquela tese de que o 1º passo para melhorar a educação é terminar com os cursos de pedagogia]

  7. Parabéns, Suze! Pela coragem, postura e tenha certeza que seus pares estão orgulhosos de você e de todos aqueles que não perderam o compromisso com a educação pública de qualidade.

  8. A meu juízo, é um amontoado de senso-comum baseado numa vertente marxista das mais rasteiras…Lembrei-me das assembléias estudantis…Demerval Saviani deve estar orgulhoso…

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