40 ANOS DEPOIS. Grupo Folha de São Paulo confirma que colaborou com a ditadura
Essa não vou sequer comentar. Já disse e escrevi tudo o que penso de uns e outros, na mídiona brasileira. Fiquemos com o ótimo texto do veterano repórter Ricardo Setti, que assina blogue na versão online da ex-revista Veja. Ah, ele fala de um tempo, inclusive que a sua empregadora era uma revista. Confira:
“Folha de São Paulo reconhece, décadas depois, que colaborou com a ditadura e colocou policiais na redação de um jornal do grupo
Amigos do blog, o texto espantoso que reproduzo abaixo e que, confesso, tinha me escapado, foi publicado na Folha de S. Paulo do dia 19 passado sobre os 90 anos do jornal.
Sob o título “Os 90 anos da Folha em 9 atos”, é um resumo, a cargo do competente jornalista Oscar Pilagallo, no qual a Folha pela primeira vez assume a sua colaboração com a ditadura, algo que os meios jornalísticos sabiam de sobra na época, mas que o jornal, hoje palmatória do mundo e dono da verdade, nunca assumiu.
Com uma confissão que, repito, muitos jornalistas conheciam na época, mas que hoje soa inacreditável: a empresa entregou a hoje extinta Folha da Tarde diretamente a agentes da repressão (inclusive colocando meganhas na redação), para, supostamente, reagir à “inflitração” da organização armada Aliança Libertadora Nacional (ALN) e de seu dirigente, Carlos Marighella, no jornal.
Quer dizer que, para rebater uma suposta infiltração da extrema esquerda totalitária, a empresa que edita a Folha de S. Paulo adotou a espantosa, desatinada decisão de entregar a edição da tarde para agentes dos…”
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Não foi só isso não. Até finais da década de 70 e início dos oitenta, era comum se ouvir nos meios jornalísticos e sindicais, sobre o uso de veículos da Folha de São Paulo (da Tarde também) por agentes da repressão política. Até prisões eram realizadas por “repórteres” que buscavam a opinião de opositores ao regime. Existe até uma foto de uma van de distribuição da Folha, virada, de rodas para o ar, incendiada…por causa disso. A tal foto foi utilizada pelo próprio jornal para fazer propaganda anti-comunista, propalando que a violência havia sido cometida por aqueles que não admitiam a democracia, liberdade de expressão etc.
A história de “de rabo preso com o leitor” veio depois, como mera estrategia para “sanear” o seu passado.