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A chegada de Damião, o matador, e o horror da grama sintética – por Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha

Coluna Além das 4 linhas –  edição da semana de 21 de março de 2011 – por Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha

Eis que surge um matador – e não é para matar de vergonha os torcedores associados alienando patrimônio ou usando o clube como trampolim político através da demagogia futeboleira.

A boa notícia da semana foi a convocação de Leandro Damião, do Internacional de Porto Alegre. Nascido em Jardim Alegre, interior do Paraná, o jovem centroavante começou a ganhar destaque no segundo semestre de 2010. Mas foi neste início de 2011, que sua média de gols passou a impressionar (8 jogos e 13 gols), levando-o a ser chamado por Mano Menezes, para participar do amistoso contra Escócia neste domingo (27 de março, 2011). Devido às lesões dos atacantes Alexandre Pato (Milan) e Nilmar (Villarreal), Damião deve vir a jogar. O centroavante mostra ser do ramo, tem ótimo posicionamento, e é um baita cabeceador, algo raro no futebol brasileiro nos dias de hoje. O atleta colorado que já criou polêmica ao provocar o rival Grêmio após um gol, (isso parece crime no futebol) vive seus dias de glória. Ao torcedor colorado, uma dica. Vá ao campo acompanhar enquanto ainda há tempo, antes que um dirigente inteligente o negocie com um clube de fora do país por alguns bons milhões de euros.

Querem matar o futebol estragando os joelhos de quem vive de chutar uma bola e não dos engravatados a comprar e vender direitos de transmissão dos times e federativos dos craques.

Não bastasse a quantidade de absurdos que ocorrem fora das quatro linhas, parece estarem achando uma maneira de “esculhambar” dentro de campo também. Grama sintética é para showbol. Como a poderosa FIFA permite praticar futebol em grama artificial? No estádio remodelado do querido Zequinha (São José de Porto Alegre) foi implantado esse recurso. Isto é de péssimo gosto, futebol tem que ser natural desde a grama. Lembra as peladas na terra do Tio Sam, quando Pelé e Beckenbauer foram tentar animar o futebol (soccer) lá nos EUA. Não emplacou, sendo que até hoje – mesmo após uma Copa do Mundo – o esporte mais praticado no mundo lá é um hábito de latino-americanos além de imigrantes recentes. 

Somos contra a grama sintética porque também se trata de um crime contra atletas. Com o piso mais duro, as articulações sofrem mais impactos e uma série de lesões pode ocorrer devido a este tipo de solo. O uruguaio Sorondo é o exemplo mais preciso dessa barbaridade. Por outro lado, os joelhos gritam, mas a cartolagem adora. A aparência da cancha do até pouco tempo atrás semi-convalescente Estádio do Passo da Areia mudou, ficando realmente muito bonita, sem buracos, com cor de verde “natural”. Tamanha “boniteza” rendeu até uma possível e provável candidatura para sede de treinamentos da subsede rio-grandense na Copa de 2014.

Ninguém pode dizer que os senhores do Football Association não são “coerentes”. A aparência é o que realmente importa para a FIFA, seus dirigentes vivem dela!

A bola rolou (esta seção sempre dá ênfase na Libertadores de América, o mítico campeonato que um banco espanhol comprou da Conmebol!)

No Brasil a bola nunca para. Não importa a época, estação ou categoria. A semana foi de jogos pelos estaduais do Brasil todo. Pela América do Sul (mais o México), os jogos da Copa “Santander” Libertadores (obs: ah, que raiva que dá falar nome de banco antes dos Libertadores de América!), começam a definir a classificação dos grupos que devem reservar poucas surpresas. Dos brasileiros, apenas o Fluminense sem Muricy entrou em campo. O clube das Laranjeiras parece ter deixado claro que não havia complô contra seu ex-técnico. Na vitória de 3×2 contra os mexicanos do América, o time carioca fez um jogo “de chorar”. Muita vontade, total desorganização tática e tudo na base do “vamo que dá”. A vitória veio, já a classificação ainda segue difícil, pois precisa vencer o copeiro Nacional do Uruguai no Parque Central e o aguerrido Argentino Jrs. (clube que foi fundado por anarquistas e teve como seu primeiro nome “Mártires de Chicago”) – no bairro La Paternal em Buenos Aires, mas o sonho segue vivo. 

Obs: Ah se El Viejo Artigas estivesse vivo e visse o seu emblema “alugado” por um banco espanhol!!!

QUEM ESCREVE:

Dijair Brilhantes ([email protected]) é estudante de jornalismo & Bruno Lima Rocha ([email protected]) é editor do portal Estratégia & Análise.

Twitter da coluna: @alem_das4linhas

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