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CORSAN (2). Empresa anuncia esgoto para Camobi, em versão ignorada (ou “escondida”) pela Prefeitura

No encontro dos deputados, secretários, Corsan e prefeito, o anúncio do esgoto para Camobi

Recebi material da assessoria do deputado estadual Valdeci Oliveira, a propósito do encontro entre ele, o deputado federal Paulo Pimenta, os dirigentes da Corsan, o secretário de Habitação e Saneamento Marcel Frison e o prefeito Cezar Schirmer, que estava acompanhado de secretários de município.

De cara, o título chamou-me a atenção (e a sua também, imagino). Em função disso, fui reler a reportagem produzida pela Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura. Que coisa! Não havia nada sequer parecido. E olha que o relato era da mesma reunião. O, digamos, enfoque foi completamente diverso. Não vou me meter nessa, mas, que diabo, se a reivindicação inicial maior é Camobi…

Bueno, do último parágrafo da matéria oficial da administração, reproduzo aqui o seguinte:

“Dutra ainda anuncia que o conjunto de ações vai desde melhorias na estrutura e na quantidade de funcionários ao atendimento, repavimentação e inicio das obras do esgoto sanitário no Bairro Camobi. “São ações que nós entendemos como necessárias para sentarmos à mesa com o prefeito e dizer: queremos voltar a conversar, queremos um voto de confiança para poder conversar dentro de um novo espírito da Corsan”, finaliza.”

Mas, afinal, o que será feito em Camobi, que foi desconsiderado pela matéria da Prefeitura, que deu ênfase ao discurso belicoso do rompimento? O que haverá (ou não) por trás disso tudo? Bueno, vamos fazer o seguinte. Você leu a versão da administração municipal. Agora, confira a do deputado Valdeci. Aí, tira tua própria conclusão. Tenho a minha, claro – e já a expus ainda ao tempo em que a governadora era Yeda Crusius. E não mudou: o que o prefeito quer é privatizar (com o nome de Parceria Público-Privada) o abastecimento de água e esgoto. Tomara que esteja enganado. Ah, acompanhe o texto assinado por Rita Barchet (também autora da foto). A seguir:

Estado anuncia reestruturação da Corsan e esgoto de Camobi

O governo do Estado apresentou, nesta segunda (14), ao prefeito Cezar Schirmer uma proposta de melhoria e reestruturação dos serviços da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em Santa Maria. Na audiência, realizada no final da manhã no Centro Administrativo, estiveram presentes o secretário estadual de Habitação, Marcel Frison, o diretor- presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT-RS) e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

As reclamações sobre os serviços da Corsan em Santa Maria são de longa data. Com a possibilidade de rompimento do contrato entre a prefeitura municipal e a Companhia de Saneamento, os deputados Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta agendaram a audiência entre o prefeito e os representantes do governo do Estado.

Schirmer relatou sua preocupação com os serviços prestados nos últimos anos pela Corsan. “Eu sei o que significa para a cidade romper com a Corsan, mas, mesmo assim vou arriscar se a Companhia não apresentar propostas imediatas,” declarou o prefeito, que agradeceu a iniciativa dos deputados.

Valdeci, que foi prefeito de Santa Maria por oito anos, disse que a situação realmente não é boa, mas atualmente o estado vive uma nova realidade nas políticas de saneamento. “A Corsan presta um serviço de má qualidade porque foi praticamente abandonada e sucateada pelas últimas gestões. O governador Tarso Genro determinou a retomada de investimentos na Corsan, estamos vivenciando um novo formato gerenciamento as políticas públicas,” declarou. O secretário Marcel Frison confirmou a afirmação de Valdeci relatando que o governo do Estado investirá 300 milhões na Corsan. “Grande parte deste valor, que virá do BNDES, será investido em Santa Maria. Temos a convicção de que ou a Corsan muda ou ela morre”, disse o secretário.

Arnaldo Dutra, diretor- presidente da Corsan, apresentou ao prefeito um relatório de ações a curto prazo para o município. “A nossa proposta é ouvir os prefeitos de todo estado, verificar a relação dos principais problemas de cada um e as possíveis soluções destes. Estamos cientes que em Santa Maria a Corsan não tem comprido o contrato de forma adequada, mas, estamos aqui para firmar o compromisso de melhorar este contexto” ressaltou Dutra. Valdeci, Pimenta e Schirmer relataram a Dutra que a cidade tem problemas específicos que devem ser sanados com urgência e que medidas paliativas não trarão resultado esperado pela comunidade.

A Corsan entregará o novo projeto à Santa Maria em 15 dias. Para os deputados e o prefeito da cidade o plano de ações deve contemplar a pavimentação adequada das vias após os consertos, serviço de atendimento ao cliente por telefone, agilidade nos serviços e adequação do abastecimento em todas as localidades do município.

Camobi

Durante a audiência, o secretário estadual de Habitação, Marcel Frison, confirmou uma notícia que todos moradores de Camobi desejam ouvir há muitos anos. “Estou me comprometendo aqui que o bairro de Camobi terá rede de esgoto e estação de tratamento. Ocuparemos os recursos investidos pelo governo do Estado na Corsan para executarmos esta obra,” afirmou Frison. O secretário ainda disse que no final de 2012 a obra estará começando. O ex-prefeito de Santa Maria, Valdeci Oliveira, disse que essa notícia trará melhorias significantes para a cidade. “Camobi é um bairro de fundamental importância para Santa Maria. Lá esta a Universidade Federal, o Hospital Universitário, a Base Aérea e grandes empresas. Será um acontecimento que fortalecerá o município,”afirmou o deputado.”

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9 Comentários

  1. a href=”#comment-16906″>@Luiz
    Rsrsrsrsrsrsrs,me desculpe o trabalhão que eu te dei, foi um ato falho, até eu me apavorei.

  2. Pra mim de nada adiantaram a pesquisa histórica e os infatigáveis esclarecimentos do Luiz, fico com a vitória de Pífaro, pois ela me fez rir muito, muito mesmo, pelo que agradeço à Neuza.

  3. Neusa:

    VITÓRIA DE PIRRO
    Pirro (318 a.C.-272 a.C.), rei de Épiro, antiga região da Grécia (atual Albânia) à beira do mar Jônio (ilustração), tornou-se famoso por ter sido um dos principais opositores aos romanos. Bisneto do grande guerreiro grego Aquiles, e primo materno de Alexandre Magno, rei macedônio, teve sua vida marcada não só por grandes feitos militares, mas também por dificuldades e atribulações diversas, inclusive quando de sua morte: segundo conta a lenda, em 272 a.C. ele decidiu intervir numa disputa cívica em Argos, e para isso entrou com o seu exército na cidade, às escondidas, mas acabou envolvido em confusa batalha travada nas ruas estreitas da localidade. Durante a luta, uma velha que observava tudo do alto de um telhado, atirou uma telha em Pirro, que caiu atordoado, disso se aproveitando um soldado inimigo para matá-lo. Outra versão, porém, diz que ele foi envenenado por um servo.

    A história registra que em 281 a.C., a cidade grega de Tarento, no sul de Itália, foi atacada pelos romanos, cujo império, àquela altura, já crescera o bastante para almejar a conquista da Magna Grécia, ou Itália do Sul. Diante da iminência da derrota, os tarentinos não encontraram outra solução senão pedir auxílio a Pirro, que encorajado pelo oráculo de Delfos concordou em atendê-los. Acontece que as pretensões do rei de Épiro iam bem mais além do que o simples socorro solicitado pelos moradores de Tarento, pois ele almejava ardentemente satisfazer seu desejo de conquista formando um império na Itália. Para isso aliou-se a Ptolomeu Cerauno, rei da Macedónia e seu vizinho mais poderoso, organizou seu exército e embarcou em seguida para a Itália, aonde chegou em meados de 280 a.C., à frente de uma extraordinária força militar composta por 3.000 cavaleiros, 2.000 arqueiros, 500 fundeiros, 20.000 soldados de infantaria e 20 elefantes de guerra. Com esse grande número de guerreiros Pirro pretendia não só evitar a conquista de Tarento pelos romanos, mas principalmente subjugar os inimigos que encontraria pela frente.

    Devido à superioridade da sua cavalaria e dos seus elefantes, Pirro derrotou os romanos na batalha de Heracléia, perto do golfo de Tarento, primeiro confronto direto entre os dois adversários. Nela, os romanos perderam 7.000 homens, ao passo que Pirro sofreu cerca de 4.000 baixas. Embora o número das mortes registradas pelos dois lados fosse bastante alto, seu resultado, porém, não costuma ser considerado como uma vitória de Pirro. Porque isso aconteceu no ano seguinte, em 279 a.C., quando os soldados epirenses invadiram a Apúlia, região que forma o calcanhar e a espora da bota da Itália: nessa ocasião os dois exércitos tornaram a se defrontar na batalha de Ásculo, atual Ascoli Satriano, a 30 quilômetros ao sul de Foggia, onde Pirro obteve a muito custo uma vitória sofrida e preocupante. Os romanos tiveram 6.000 homens mortos, e seus adversários, nada menos que 3.500. Foi um duro golpe no exército de Pirro, que não teria como suportar outro desfalque semelhante caso voltasse a enfrentar os soldados de Roma. Tanto que ao ser cumprimentado pela vitória conquistada à custa do sacrifício de tantos homens, ele teria respondido com estas palavras: “Mais uma vitória como esta, e estou perdido”.

    Apesar de tudo, Pirro tentou mais uma vez invadir a Itália romana. Isso aconteceu em 275 a.C.., mas nessa oportunidade seu exército foi derrotado na batalha de Beneventum. Diante desse fracasso ele retornou à Grécia e conquistou militarmente a Macedônia, atacando depois Esparta. Foi durante essa campanha que encontrou a morte em uma das vielas da cidade de Argos.

    Por ter sido um homem impressionantemente belicoso e um líder infatigável, embora não tivesse sido um rei propriamente sábio, Pirro foi considerado um dos melhores generais militares do seu tempo. Aníbal considerou-o o segundo melhor, a seguir a Alexandre Magno. Pirro era também conhecido por ser muito benevolente. Como general, as maiores fraquezas políticas de Pirro eram a falta de concentração e apetência para esbanjar dinheiro (grande parte dos soldados que integravam suas tropas eram mercenários dispendiosos).

    A trajetória militar do rei de Épiro em sua obstinada intenção de construir um império na Itália, deixou como herança a expressão vitória de Pirro, usada para simbolizar tudo aquilo que se consegue a um custo bem mais alto que as vantagens obtidas.

  4. Os tempos vem dando sinais e o povo do PMDB gaúcho não aprende que essa política das versões se esgota em um dado momento,o PMDB vem colecionando derrotas pelo Rio Grande à fora por causa dessa postura, o Prefeito Cezar Schirmer é um especialista nisso, vai chegar a hora em que o povo vai entender que ele manipula para não dizer mente.
    Não consigo entender como alguém se sente faliz em mentir.
    Nós ganhamos com o Rigotto e depois percebeu-se que foi uma vitória de Pífaro, na disputa pela reeleição nossas versões distorcidas da realidade nos impriiram uma derrota vergonhosa.

  5. O problema é quando o jornalismo deixa de ser jornalismo para ser apenas um apêndice do interesse de alguns poucos. Será que na prefeitura (assessoria de imprensa) se faz jornalismo ou apenas se escreve o que chefe deseja?

  6. Discurso belicoso e arrogante, esse é exatamente o estilo do Xirme. A postura do seu DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) retrata exatamente isso, reflexo da pequena estatura política do folião portoalegrense.
    Agora convenhamos, é quase inconcebível que sua pequenez política possa conviver com a realidade, para ele terrível, de ter perdido R$ 65.000.000,00 (sessenta e cinco milhões de reais) do PAC 2 e sua governadora Yeda (Cruzes!) abrir mão de um empréstimo de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) para o saneamento de Santa Maria, incluído Camobi, e agora ter que engolir o anúncio de um pacotão do tamanho desse que a CORSAN apresentou. E ainda na presença de 2 deputados do PT, que ele considera INIMIGOS políticos.
    Cabe um elogio ao governador Tarso em relação ao tratamento dado à CORSAN e aos gaúchos na questão do saneamento, invertendo a lógica sucateadora e privatizante do dupla Yeda/Xirme.
    Também, é claro, o reconhecimento aos deputados Pimenta e Valdeci, pelo profícuo trabalho em benefício de nossa cidade.
    Já ao prefeito, espero que não se recupere tão cedo da ressaca da folia em Porto Alegre.

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