Temos, no jornal O Estado de São Paulo de hoje, um exemplo concreto de quanto é mito essa bobagem da imparcialidade no jornalismo. Coisa que aqui você não encontrará. Nada de imparcialidade. O que não se pode é ser venal – o que é outra coisa.
Mas, o exemplo aludido. Há 21,7 mil cargos de confiança federais distribuídos pelo país inteiro. Deles, coisa de dois terços é ocupada por servidores públicos concursados. Isto é, podem até estar na função por influência política, mas, em tese, são gabaritados para a função. Apenas um terço é de não-concursados (embora, também em tese, possam estar habilitados).
Como tratar desse assunto (ou de qualquer outro) de maneira imparcial? Bem, o “imparcial” Estadão preferiu enfatizar, já no título, os não concursados. Legítimo? Claro. Mas jamais imparcial. Da mesma forma que este sítio, que preferiu o número maior, o de concursados. É assim. E não me venham com essa história de imparcialidade, poooor favor.
Ah, nada tira o mérito da reportagem, que aliás, discurso a parte, traz importantes e relevantes informações. Seu autor é Daniel Bramatti. Confira:
“Governo abriga 6,7 mil servidores sem concurso na ”elite” da burocracia…
… O retrato da máquina pública no início do governo Dilma Rousseff revela a existência de 6.689 funcionários não concursados nos cargos de confiança da Presidência e dos ministérios – o equivalente a quase um terço do total de postos preenchidos por nomeações. Destes, quase 500 estão nas duas faixas salariais mais altas do funcionalismo.
Dilma herdou da gestão Luiz Inácio Lula da Silva uma estrutura burocrática que permite a nomeação de cerca de 21,7 mil pessoas para cargos de confiança – os chamados DAS, exercidos por quem tem função de chefia ou direção e pela elite dos assessores da presidente, de ministros e de secretários.
Em fevereiro deste ano, 31% desses cargos eram ocupados por não concursados, e 64% por servidores de carreira, segundo dados do Portal da Transparência do governo federal. Há ainda uma pequena parcela de servidores cedidos por órgãos de outras esferas – do Legislativo, de governos estaduais e de prefeituras municipais, por exemplo…”
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Taí a resposta que o Saúl precisava.