ELEIÇÕES 2012. O que falta definir (de relevante) é só quem será o candidato do PT. E se Pozzobom concorre

Desconsideradas as siglas menores (aliás, objeto de questionamento, daqui a pouco, na “Esquina Democrática”), que se tiverem candidato será apenas como reação à eventual impossibilidade de alianças para o pleito proporcional, há apenas duas questões a ser definidas, no que toca às candidaturas a prefeito. Quem será o nome do PT? E Jorge Pozzobom, concorre ou não? Um ou dois. São os candidatos possíveis a enfrentar o hoje favorito Cezar Schirmer, que vai à reeleição.

Por partes.

Jorge Pozzobom vai encarar ou não a prefeitura? Diz, se perguntado oficialmente, que só definirá isso mais para o final do ano. Se puder, adia para mais adiante. Ele tem, é dedução claudemiriana, duas certezas. Uma é que, sem ele, mesmo que seja permitida a coligação com outro partido (o DEM, se ainda existir, é aliado natural), os tucanos dificilmente ampliarão sua bancada no Legislativo, mesmo com o aumento para 21 vagas. Se forem dois eleitos, o segundo será do parceiro. E outra é que, concorrendo, mesmo na hipótese de derrota, fortalecerá ainda mais seu nome para uma nova tentativa à Assembleia Legislativa, no mínimo.

Então, por que a dúvida? Porque terá que antecipar a saída do tucanato do governo da comuna, com inevitáveis perdas políticas. Incluídos os cargos de confiança hoje ocupados pelo partido. E porque não tem certeza de que o PSDB sairá mesmo ganhando com tudo isso.

E o PT? Tem três nomes. E nenhum quer concorrer. Embora, dentre todos, somente Valdeci Oliveira já declarou essa intenção de permanecer no parlamento. Outro, Paulo Pimenta, silencia. E assim fará até o momento máximo possível. E o terceiro, Fabiano Pereira, diz que quer. Mas sabe que não terá chance alguma, se os outros dois (que têm mais voto que ele na cidade – ou pelo menos tiveram, em 2010) não entrarem de fato na campanha.

Ah, e tem outra coisa: se Fabiano concorrer, e não vencer (o que é uma possibilidade concreta), como fica? Aí é que está: não fica. Inclusive na secretaria de Justiça, cargo que ocupa hoje no Estado e que é uma verdadeira catapulta para uma nova candidatura a deputado federal, em 2014.

Como não fica? Ora, de um lado há a afirmação do governador Tarso Genro, que quer seus secretários no governo e não disputando eleições no meio do mandato. De outro, uma orientação nacional, que, por analogia, pode ser vista na nota publicada na seção PODER_ONLINE, do portal iG, assinada pela jornalista Thais Arbex, e que reproduzo a seguir:

“O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, já recebeu um recado da presidenta Dilma Rousseff: se deixar o ministério para entrar na disputa pela prefeitura de São Paulo, não voltará mais para o governo.”

Resumo da ópera: se vale em São Paulo, tudo indica valerá aqui, em nível regional. Então, como Fabiano Pereira correria o risco? Com tanto ou mais chance de dar errado quanto a sua pretensão, que acabou frustrada, por enquanto, de chegar à Câmara dos Deputados.

Então, volta-se ao início: quem será o candidato do PT à Prefeitura? O editor é capaz de apostar que nem os petistas sabem. Por mais que discursem em sentido contrário.

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