AO VENTO. Alguém ainda sabe que, por lei, Prefeitura criou duas coordenadorias regionais e uma dupla de fundações?

Não, por favor, não se trata de crítica, longe disso. Mas é que, fazer o que, se o editor tem memória e, o que é melhor ainda, arquivo. Se diz, com razão, que o povo esquece logo. E a mídia contribui muito pra isso, cá entre nós, deixando certos temas (por mais importantes que sejam) escondidos em algum escaninho lá naquela salinha dos fundos.

Então, apenas para refrescar, é bom que se diga: a pretexto de melhorar, oxigenar e organizar o governo, em maio de 2009, o prefeito Cezar Schirmer e seus aliados aprovaram na Câmara de Vereadores, com a folga de sempre, a sua reforma administrativa.

Afora redução de secretarias (que, mais adiante, se veria foi uma quimera), o governo estava autorizado a criar duas fundações. Uma destinada a gerir as questões do Meio Ambiente. Outra, a Assistência Social. A justificativa: maior facilidade para captação de recursos, públicos ou não. A gestão terá o mandato encerrado e, creia, ambas continuarão onde estão. Isto é, em lugar nenhum.

Pois, em dezembro passado, também com a facilidade habitual, a Prefeitura fez passar, no parlamento, a proposta de criação de duas Coordenadorias Regionais. Uma sediada em Camobi, outra na zona Oeste, muito provavelmente no bairro Tancredo Neves.

Ambas com status de secretaria de município (não obstante o desejo de reduzir as pastas, expresso na reforma de 2009), têm até quadro de pessoal instituído (na soma, 12 Cargos de Confiança, incluídos os coordenadores) e muitas especulações iniciais acerca dos titulares das principais funções. Sem falar no lobismo escancarado de um suplente de vereador, louco para coordenar a região oeste.

Pois, muito bem, onde estamos agora? Ah, dois anos depois, neca de fundações. Seis meses depois, nadica de Coordenadorias. E daí? Daí, nada. É apenas para mostrar que, pelo menos aqui neste nem sempre humilde sítio, na medida do possível, de quando em quando, as coisas são lembradas. Afinal, há quem tenha memória. E o arquivo é público. Basta ir na lunetinha ali de cima, digitar, por exemplo,      “Coordenadorias”, e todas as notas estarão disponíveis.

OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: para deixar bem claro, aqui não se acredita que as fundações pudessem ser melhores que as atuais secretarias da área. Nem que façam falta as coordenadorias – exceto para virar barganha política entre os partidos que dividem, consorciados, o poder municipal.

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