A Seção Sindical dos Docentes da UFSM vai comemorar publicamente a derrubada (por ter caducado o prazo para apreciação, no Senado) da Medida Provisória 520, que criava a empresa gestora dos hospitais universitários. Os detalhes estão em nota que recebi no início da tarde, da assessoria de imprensa da entidade. O texto é de Fritz R. Nunes. Confira:
“A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM) realiza hoje, a partir das 17h, em sua sede, um ato para comemorar a derrubada da Medida Provisória (MP) 520, fato ocorrido nesta quarta à noite, no Senado Federal. Haverá queima de fogos e lançamento de balões (bexigas) com inscrições que protestam contra a MP, a exemplo do que foi feito no dia 5 de abril, no Dia Mundial da Saúde. O convite para a atividade está sendo feito para professores, servidores, estudantes, dirigentes da UFSM, vereadores, sindicalistas e comunidade em geral.
Desde que foi editada a medida, em 31 de dezembro de 2010, no governo Lula, a SEDUFSM, juntamente com o sindicato dos servidores (ASSUFSM), participou de audiências públicas, debates nos meios de comunicação, entre outras ações públicas denunciando o caráter privatista da MP 520, que criava uma empresa pública, mas de direito privado – a Ebserh – para administrar os Hospitais Universitários (HUs). Os argumentos levantados pelas entidades sindicais, com apoio das assessorias jurídicas do ANDES-SN e da Fasubra embasou muitos discursos de senadores na sessão desta quarta à noite em que a MP deixou de ser votada e acabou perdendo sua vigência.
Na avaliação de Rondon de Castro, presidente da SEDUFSM, a decisão acontecida no Senado demonstrou que, quando há mobilização, mesmo um governo que tem maioria parlamentar pode ser surpreendido. “Não seria justo que uma MP com impacto tão relevante e tão pernicioso para a universidade e para a sociedade fosse aprovada em poucas horas sem o mínimo de tempo para que o Senado pudesse avaliá-la corretamente”, destacou Rondon. “Lamentavelmente tem se sucedido o que foi alertado em um debate promovido pelo sindicato: o uso abusivo e autoritário das medidas provisórias. Mas, ontem, o governo teve que engolir uma derrota proporcionada pela sua postura anti-democrática”, finaliza Rondon.”
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Olhe, não sei bem o que quer que eu responda. Me parece que defendes não a resposta política que o movimento sindical deu: a MP 520 foi detida. A retaliação sobre os derrotados não faz parte do meu ideário político, mas não nos negamos – se acompanhas nosso noticiário – a denunciar aqueles que lutaram contra a saúde pública, de qualidade e 100% SUS. Convidamos deputados locais (estaduais e federais) a se pronunciarem. A petista Valdeci pregou ser favorável (à privatização) sem ter, ao menos, lido o texto, o que demonstra a (ir)responsabilidade do parlamentar com relação a essa questão. O deputado Pimenta postergou sua opinião o máximo que pôde, afirmou sempre que “não enxergava privatização”, mas que acompanharia a opinião dos segmentos da UFSM. Reuniu-se com os técnicos-administrativos em uma reunião pro-forma (só para dizer que se sentou com o movimento sindical, pelo menos parte dele, já que os docentes não tiveram essa “sorte”), onde afirmou que acompanharia a opinião da UFSM (sentou também com os gestores do HU, direção e reitoria) e, assim que a questão foi levada ao conselho, e este mandou às favas a MP 520, repudiando o documento, o parlamentar resolveu que acompanharia a proposta do relator. Ou seja, tudo o que falou anteriormente , foi jogo de cena, uma deslealdade com os santamarienses. Não sei sequer se o parlamentar esteve na votação no congresso, onde a bancada do PT votou em peso pela MP 520, mas ele – certamente – acompanharia sua bancada. Trairia o povo de sua terra.
No que entendo de política, é o próprio povo que deve tomar suas decisões e somente devemos – como militantes – garantir que a verdade rompa com o dito na grande imprensa. Se o PT fazia isso, de colocar fotos e nomes em praça pública, agora se vê – pelos atos do próprio PT – o quanto se equivocavam, preferindo isso à construção de uma sociedade nova, onde pessoas que traem a população não tem espaço no parlamento, na política e no cotidiano da vida pública. Não defendo a execração pública, por que existem paralelos abomináveis na história feudal. Defendo que a política é para aqueles que não querem ser profissionais, querem ser jornalistas, médicos, marceneiros, lixeiros, bancários…e apenas cumprem missões parlamentares, temporárias e ocasionais. Os dois que mencionei não se encaixam nessa minha definição: cabe ao povo, no entanto, identificar isso e os colocarem nos devidos lugares, o lixo da história. Pior que irem para a praça pública, é o julgamento da história. E nesse caso, tanto Pimenta como Valdeci, e muitos outros nomes, estarão ligados – como protagonistas – de um dos mais desumanos ataques à saúde pública do Brasil. O movimento sindical fez um favor a esses parlamentares: serão poupados do julgamento das conseqüências da implantação da iniciativa privada nos HUs através da MP 520.
@Alexandre Durica
Alexandre:
Não sou paranóico como alguns que frequentam este espaço, mas pelas tuas concordâncias recorrentes acho que és o tal Mânica que a PTlhada ruim de faro diz que sou eu… rs…
Independente disso… é muito bom saber que não estou sozinho com minhas implicâncias.
Mais uma vez venho ocupar este espaco, para de novo CONCORDAR em número, gênero e grau com o amigo Luiz (parece que temos o mesmo pensamento né Luiz, rsrs)sobre esta questão da derrubada da MP 520; e também questionar os aguerridos sindicalistas; se eles tbém irão as ruas protestarem contra outras PRIVATIZACÕES; como estão ocorrendo; como é o caso dos Aeroportos? Por isto tbém pergunto: “E agora Rondon”???
Claudemir:
A exemplo do que já fiz antes com outros protagonistas, quero repetir aqui um comentário de tópico anterior para ver se o nobre Rondon de Castro responde.
“Rondon:
O governo abandonou a MP 520 porque enxergou mai$ vantagen$ em focar seus esforços na privatização dos aeroportos.
Estão começando pelos “filés” Guarulhos, Brasília e Viracopos.
Só espero que vocês – à partir da lição que aprenderam (aprenderam??) com este episódio – façam com seus pretensos algozes o mesmo que fizeram no passado com outros algozes menos piores do que os atuais.
Cadê os painéis de foto nas praças?
Cadê os megafones e as palavras de ordem?
Estamos esperando a prova de coerência de vocês, pois caso se recolham ao silêncio obsequioso, estarão confessando a parcialidade típica das lideranças sindicais deste país…”
E agora Rondon??
Responde?
Comemoramos uma vitória, contra todas as perspectivas e poder. Nos fortalecemos cada vez mais… e vamos deixar bem claro quem está do lado de quem nessa história.
Obrigado, Rogério. Se percebe que és um petista daqueles que o partido está carecendo bastante.
Claudemir
Na chamada da matéria tu colocou fotos em vez de fogos. Parabéns a SEDUFSM, tem que comemorar. (NOTA DO SÍTIO – grato pela correção – será feita em instantes)