DIREITO/JUSTIÇA. O caso do quadro da vaca “Litigation” tem, agora, a defesa do juiz
Não custa rememorar. Tudo começou, do ponto de vista da mídia, com o ARTIGO “O problema não é exercer a magistratura”publicado no sítio especializado Espaço Vital, pelo advogado e ex-presidente da OAB/SM, e também colaborador eventual deste sítio, Ricardo Jobim. Foi em 13 deste mês. Na madrugada do dia seguinte, 14, AQUI mesmo foi possível ler o artigo “Aos olhos da excelência: a vaca do judiciário e o advogado leiteiro”, do também advogado e igualmente colaborador deste (nem sempre) humilde espaço de internet, Vitor Hugo do Amaral Ferreira.
A situação rendeu. Um ou dois dias passados da publicação por este sítio, o texto de Amaral Ferreira ganhou espaço também no Diário de Santa Maria. E foi só, também, de repercussão na mídia tradicional – que não é mesmo de entrar nesse tipo de polêmica, cá entre nós.
Mas o EV deu sequência ao tema, com sucessivas reportagens e artigos, sempre muito comentados (como, aliás, e igualmente, ocorreu por aqui). E, agora, surge o primeiro texto de clara defesa do juiz que (é disso que escrevemos) colocou – e depois retirou – o quadro da vaca “Litigation” na sala de audiências,no fórum de Santa Maria. Quem a escreveu – inclusive acrescentando texto do magistrado que atua na boca do monte – é Pio Giovani Dresch, vice-presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). Para permitir o contraponto, a republicamos a seguir. E que cada um tire sua própria conclusão. Confira:
“A vaca, o advogado e o juiz- criando caso
Começo pelo instrumento que teria sido utilizado pelo juiz para constranger os advogados: um quadro satírico do século XIX, que retrata dois litigantes esquálidos disputando uma vaca, da qual o advogado tira leite sob o olhar complacente do juiz. Desde logo, percebo nas fortes manifestações publicadas no Espaço Vital uma lacuna na apreciação da figura: o caricaturista mostra pelo juiz o mesmo desapreço que destina ao advogado, ao retratar uma figura igualmente gorda, com uma expressão de desdém diante do litígio cuja solução a ele incumbe.
Diferentes leituras podem ser feitas do quadro. Pode-se vê-lo como uma crítica ao sistema judicial, como uma condenação aos operadores jurídicos ou até mesmo uma mera brincadeira. Considero razoável qualquer das alternativas, e até mesmo admito que alguém possa ver na exibição em sala de audiência de um desenho jocoso de dois séculos atrás uma crítica aos advogados, mas a impressão que fica, do tom assumido pelas várias manifestações aqui publicadas, é a de que os queixosos não olharam o quadro com atenção.
Com efeito, não se aperceberam que, se a intenção do juiz que o afixou fosse a de ferir alguém, estaria atacando igualmente a magistratura, classe a que pertence. Isso não parece razoável.
Aliás, até mesmo este saite – tão lido pelos operadores jurídicos – parece ter sido levado à mesma leitura parcial: noticiou o fato de modo pitoresco, tentando passar a ideia de que o juiz Rafael Pagnon Cunha é um excêntrico, e – no que suponho tratar-se de editorial, porque da autoria de…”
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Tive o privílégio de advogar na Comarca de Faxinal do Soturno durante anos,tendo o DR Rafael como juiz e o tenho no mais elevado conceito como Magistrado competente e cidadão de caráter irretocável.
Com certeza o famoso quadro acabou sendo maximizado, quando na verdade, com certeza, nao busca atingir nossa classe, pois, se o fosse o caso, todos seriam atingidos, inclusive MP e Magistratura.