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Meio Ambiente e Obras. Yeda vai ao PDT e ao Ministério Público para nomear 2 secretários

O grande enrosco (quer dizer, um dos maiores, entre a grande quantidade deles) neste início de governo capitaneado por Yeda Crusius, depois daquele da Segurança, se concentra no Meio Ambiente. Ali há dois componentes: político e empresarial.

 

A menos que alguma coisa efetivamente mude, e faça com que a idéia predominante se resolva de forma singular, hoje inidentificável, há a impressão muito nítida de que existe o confronto entre os elementos investimentos-a-qualquer-custo X defesa-do-meio-ambiente-pelos-técnicos-do-setor.

 

Nesse caso, a nomeação do procurador do Ministério Público Carlos Otaviano Brenner para o lugar da demissionária Vera Callegaro indica uma postura de governo favorável à facilitação possível (não ilegal) aos grandes investimentos no setor de florestamento.

 

Essa idéia, aliás, é convalidada  pela nomeação, também nesta segunda-feira, da ex-secretária substituta da Segurança, Ana Pellini, para a presidência da Fundação Estadual de Proteção ambiental (Fepam). Ela, como Brenner, é da inteira confiança pessoal e política da governadora Yeda Crusius. Que, pela tese dominante, estava por demais irritada com a demora das autorizações ambientais. Se isso é ou não verdade, se verá logo, logo, com certeza. Para comprovar ou desmentir.

 

Em todo caso, a governadora resolveu agir no atacado político. Além de resolver o imbroglio “ambiental” também desembrulhou o pacote que tinha como centro o PDT. Que, como se sabe, rompeu com o governo no momento da demissão do deputado federal Enio Bacci, da Segurança.

 

Pois, aí, quando todo mundo apostava que a governadora não provocaria os pedetistas, eis que ela convida, para assumir a Secretaria de Obras, de onde saiu o deputado Paulo Azeredo, do PDT, o primeiro suplente do partido do falecido Doutor Leonel na Assembléia, Coffy Rodrigues.

 

E agora, como vai ficar, na medida em que assessores governistas sugeriam que o convite não fosse feito, exatamente para não provocar mais o PDT. E daí? Qual será a reação? Ninguém sabe, a rigor. Nem Rodrigues, que pelo menos até perto da meia noite de ontem não dizia se iria continuar ou não no pedetismo.

 

Assim, não se sabe se Yeda estancou ou aumentou a crise, que pode lhe custar ainda mais valiosos apoios no parlamento estadual – onde já não tem o DEM, do defenestrado vice-governador Paulo Feijó, e conta com a adesão meio envergonhada de parte do PDT.

 

Aguardemos os próximos lances. Emoção, definitivamente, não vai faltar. E nesse jogo aí ninguém ganha.. Todos entendem que haverá outros confrontos, de maior ou menor porte. Então, ninguém aposta nada.

 

SUGESTÕES DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Otaviano Brenner assumirá Secretaria Estadual do Meio Ambiente”, publicada pelo ClicRBS, com informações da Rádio Gaúcha e do Governo do Estado.

Também vale a pena ler a nota “Rotina no Piratini: a dança do secretariado”, publicada pelo jornalista Marco Weissheimer, na página RS Urgente que ele mantém na internet.

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