Você sabe como funcionava a edição dos livros didáticos no Brasil, antes de Lula? Pois este repórter vos informa: a Editora Abril e suas subsidiárias simplesmente monopolizavam a parte gráfica e, em parte, a editorial. Quer saber o tamanho do negócio? Coisa de R$ 1,1 bilhão, para bancar mais de 200 milhões de exemplares (entre novos títulos e reposições). Ah, e o que não ficava com os Civita era quota dos Marinho, se me entendem.
Qual a diferença, agora? É que, por força de correta determinação do governo passado, e que Dilma Rousseff manteve, há uma distribuição mais equânime desse trocão. São, para este ano, 24 diferentes editoras, das maiores (inclusive vinculadas à Abril) às menores.
Dá para entender a fúria dos empresários de comunicação, que chegaram a transformar uma grande revista em ex. No caso, a Veja. Há milhões de motivos para isso, convenhamos. Só não venham dizer que é “liberdade de imprensa”. Isso existia antes, também, só que…
Bem, deixa pra lá. Fiquemos com o principal. A informação acerca dos livros didáticos. Ela chega através da Agência Brasil, em reportagem assinada por Amanda Cieglinski. Acompanhe:
“Livros didáticos que serão distribuídos às escolas públicas em 2012 custaram R$ 1,1 bilhão
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) encerrou a negociação da compra de 162,4 milhões de livros que serão distribuídas às escolas da rede pública no ano que vem. O custo total da aquisição foi R$ 1,1 bilhão – a maior compra de livros já feita pelo órgão, que é uma autarquia do Ministério da Educação (MEC). As redes de ensino começam a receber as obras em outubro. A entrega vai até fevereiro de 2012.
Para o próximo ano, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) adquiriu livros para todas as disciplinas do ensino médio, além de 70 milhões de exemplares de reposição para o ensino fundamental. É o primeiro ano em que os alunos do ensino médio vão receber livros de espanhol, inglês, filosofia e sociologia. Cada obra deve ser usada durante três anos consecutivos. Ao todo, foram adquiridos 2.108 títulos diferentes.
Vinte e quatro editoras tiveram obras selecionadas. O material é apresentado a comissões de especialistas das universidades federais que selecionam as obras a partir de critérios estabelecidos pelo programa, como, por exemplo, a coerência com o currículo escolar. Em seguida, as escolas recebem um guia do livro didático com os títulos disponíveis e escolhem as obras que querem receber. A partir desse levantamento é que os títulos são adquiridos…”
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