OBSERVATÓRIO. Não há espaço para todos e pelo menos um candidato ao Piratini ficará a ver navios
Desde que retornou o multipartidarismo, não se tem notícia de candidato vitorioso a governador do Rio Grande sem que tenha composto, antes, aliança minimamente viável. É historicamente desconhecida, também, a possibilidade de se apresentarem ao eleitor, ao mesmo tempo, quatro candidatos competitivos.
Na boca da urna não mais que três conseguem se manter em pé, vivos na disputa e, portanto, em condições de chegar à vitória. Com base nisso, para começar, é possível afirmar, com convicção, que dos quatro atuais pretendentes, no mínimo um estará fora da briga. E isso se perceberá tão logo encerrado o prazo para as convenções, 30 de junho.
Nesse contexto, quem está mais avançado é Tarso Genro (PT). Acoplado à candidatura nacional de Dilma Rousseff, com o PTB (que dará o vice), PC do B e outras siglas menores, já tem, no mínimo, a certeza de bom tempo no rádio e na TV.
Quanto aos outros três pretendentes, reina a dúvida, ainda, sobre quem terá ao lado Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), candidatos presidenciais que precisam de palanque local e podem também oferecer mais minutos na campanha eletrônica.
Por mais contraditório que pareça, afinal tem até o vice de Dilma, o PMDB de José Ivo Sartori parece ser o ninho mais seguro para Campos, do PSB. Que, no entanto, preferiria ficar com Ana Amélia Lemos, do PP, não obstante a rejeição ideológica de Marina Silva, parceira nacional do socialista.
De todo modo, dificilmente essa situação se rompe. E, nesse caso, a batata quente fica com Vieira da Cunha, do PDT. Que tem significativo lote de militantes fechado com Dilma mas que briga, inclusive, para ter o PSDB de Aécio, talvez a única forma de ganhar musculatura na campanha.
Quem ficará para trás? Dado o que foi explicado, há um candidato forte a ficar na rabeira. Mas isso pode mudar. E aí… Bem, aí…
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