CPI DO ARROZ. Para Pozzobom, interesses econômicos aumentam preço dos insumos
POR MAIQUEL ROSAURO
A participação de funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na sessão de segunda-feira (13) da CPI do Arroz respondeu a dúvidas importantes dos integrantes da Comissão. Estiveram presentes os fiscais federais agropecuários do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Helena Pan Rugeri e do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), João Mathias Becker, para falar sobre o custo econômico e financeiro na produção do arroz importado em comparação como os custos de produção de arroz no Estado, com ênfase no monitoramento das importações do cereal e barreira fitossanitária ao grão importado.
As oitivas foram consideradas bastante esclarecedoras pelo presidente da Comissão, deputado Jorge Pozzobom, sobretudo em relação aos insumos utilizados nos países do Mercosul. Conforme os fiscais, são coletadas amostras dos grãos de todos os caminhões que atravessam a fronteira e, nos exames, não foram constatadas a presença ou quantidades fora dos níveis permitidos de agroquímicos proibidos no Brasil. Ou seja, não há uma evidência do motivo pelos quais os produtos não são liberados no país.
“O veto aos insumos que são utilizados nos países do Mercosul que tem entrada proibida no Estado nos leva a crer que se trata apenas de interesses econômicos”, afirma Pozzobom.
Uma terceira oitiva foi realizada nos trabalhos de ontem, quando o representante do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Flávio Zacher, falou sobre o custo da produção do arroz na composição do custo de produção e no preço do grão.
Requerimentos – Durante a sessão, foram apreciados alguns requerimentos. Destaque para o pedido do deputado Pozzobom para que seja realizada uma audiência pública da Comissão durante a 22ª Abertura da Colheita do Arroz, que ocorre em Restinga Seca entre 23 e 25 de março. Na ocasião, a CPI deve ter estande específico para coletar informações junto aos produtores. Além disso o Presidente e o relator, deputado Marlos Santos, vão apresentar ao público os resultados da CPI. Outro requerimento importante aprovado foi a prorrogação por mais 60 dias para a entrega do relatório da CPI.
Interessante a descoberta do Ilustre Deputado!
Vale lembrar que esse vetos começaram no governo FHC, o que não quer dizer que não estão corretos.