O Ariberto e os “tele-loucos”

Uma lúcida (e correta, pensa o abaixo-assinado) reflexão do nosso colaborador, Ariberto Sendtko. Ele fala, em seu artigo, do comportamento de muitos motociclistas que, cumprindo uma missão profissional, criam problemas no trânsito. Para eles, e todo mundo. A ponto de, pelo o menos o Ariberto, questionar-se se vale a pena contratar o trabalho deles.
      Confiram o artigo.
     
      Tele-Loucos
     
      Todos os dias vemos em nossas ruas, algumas categorias de trabalhadores dependentes de uma motocicleta para a execução de suas funções.
      Não vou entrar no mérito da legalização ou não dos serviços.
      Temos os Tele-Táxi, os Tele-Entregas e também os Tele-Loucos.
      Solicito encarecidamente aos tele-táxi e tele-entrega que não deixem que os tele-loucos se infiltrem em suas equipes de trabalho, denegrindo assim a imagem dos que, como outros trabalhadores, buscam o sustento de suas famílias.
      Desconfio que estes condutores de motocicletas, os tele-loucos, não têm preparo psicológico, preparo técnico, conhecimento da legislação de transito, pois as barbaridades que eles fazem no dia-a-dia de nosso trânsito, são quase que indescritíveis.
      Por exemplo, andar na contra-mão, atalhar caminho passando por cima de canteiros divisores, não respeitar semáforos, não respeitar pedestres e nem as faixas de segurança, ultrapassar pela direita, tirando fininho dos carros estacionados, andar em ziguezague cortando e fechando os demais veículos, as inúmeras disputas entre os próprios, verdadeiros kamikazes, entre outras.
      O que observamos também, é que muitos destes tele-loucos são patrocinados por algumas empresas, escritórios, pessoas físicas e jurídicas, pois ostentam adesivos, telefones, endereços, etc., identificando seus patrocinadores, prejudicando assim a idéia original de marketing.
      Portanto, não deixem que os tele-loucos que já estão infiltrados em suas equipes tomem conta de nossas ruas, fazendo com que o trabalho de vocês seja visto de maneira equivocada pela população.
      Tais motociclistas devem ser controlados por vocês mesmos, para que o time como um todo, o time de vocês, não saia perdendo.
      Porque, pelo que vejo todos os dias em nossas ruas, vou parar e pensar muito bem antes de utilizar este tipo de serviço, pois o valor de uma “corrida” não paga o preço de uma vida.
      Ariberto Sendtko Filho