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COLATERAL. Ida de Pepe para o Ministério deixa Fabiano na bica para virar deputado

A escolha, por Dilma Rousseff, do deputado federal gaúcho Pepe Vargas como o novo ministro de Desenvolvimento Agrário (em substituição ao baiano, também deputado e igualmente petista, Afonso Florense) tem repercussões mais amplas do que propriamente a troca de alguém que, claro, não deveria estar atendendo às necessidades vislumbradas pela Presidente da República.

Talvez alguns possam entender que o editor está forçando a barra. É. Pode ser. Quem sabe seja. Mas, de todo modo, o fato aponta também para um remelexo em alianças eleitorais e até perspectivas futuras – dentro e fora do PT gaúcho.

Uma conseqüência já conhecida é que, com o segundo deputado federal gaúcho no ministério (o outro é Maria do Rosário, ministra de Direitos Humanos), assume o segundo suplente. Trata-se do ex-tesoureiro nacional do PT, Paulo Ferreira. Que, por sinal, angariou apoios internos em Santa Maria no pleito de 2010 e que, na cidade, fez 1,5 mil votos.

E o que acontece com isso? O santa-mariense Fabiano Pereira, terceiro suplente nas urnas, torna-se, na prática, o primeiro suplente. O próximo da lista. E daí? Daí que um deputado (aliás, suplente no exercício do mandato), Fernando Marroni, disputa com chances bastante razoáveis a eleição para prefeito de Pelotas. E, vencendo, abriria vaga para Fabiano.

Parênteses. Um militante graúdo da política local, não-petista, brincou com o colunista, na frente de várias testemunhas, na sabatina: “Fabiano vai acampar em Pelotas, fazendo campanha para Marroni”. Fechar parênteses.

Uma segunda conseqüência, esta bastante óbvia, é que o processo eleitoral mexe com o cenário de Caxias do Sul, a terra de Pepe, que também era considerado favorito a retomar o cargo que ocupou por oito anos, na mesma época em que Valdeci Oliveira era o prefeito de Santa Maria.  Lá, com o PMDB fora da disputa (vai apoiar Barbosa Velho, do PDT, cedendo nome para vice), agora ficou tudo aberto. Marisa Formulo, deputada estadual, tende a ser a substituta de Pepe Vargas na disputa. Mas embolou tudo.

Fiquemos por aqui. Ainda falta, mas oportunidade haverá para retomar o tema, uma análise mais ampla do quadro no Estado. Antecipa-se, apenas, ser bem possível que, diferente de hoje, em que há partidos predominantes nas comunas maiores, as urnas de outubro possam oferecer, um quadro bastante mais amplo do que o atual. Há quem diga, inclusive, que se sairá do pleito sem qualquer indício de predominância de uma sigla sobre outra. PT, PMDB, PP e PDT (especialmente esses) poderão se adonar (ou manter) as cidades maiores, em clima de quase “fraternidade”. A conferir.

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4 Comentários

  1. Faltou avaliar a possibilidade de ele vir concorrer em Santa Maria, definição que pode sair nesta segunda feira.

  2. Tua análise sobre o quadro político de Caxias do Sul precisa de mais um elemento para ser agregado. Caxias do Sul tem um deputado federal do PC do B, Assis Melo. Oriundo da área metalúrgica, é um nome com bastante lastro político naquela cidade.

  3. Por isso que reitero a minha opinião que haverá um acordo entre legendas que encaminhara Fabiano Pereira para Brasília , César Schirmer a reeleição neste ano de 2012. Sem dizer também que pelo o que vem ocorrendo nesses últimos dias o PT vai fazer aquela jogada amiga e facilitar para que o seu parceiro de aliança no governo dilma tenha mais um mandato na cidade. O resultado das urnas em 2010 foi muito injusto para alguns e pode ser o algoz de outros que ao invés de vir para o enfrentamento prefiram a eterna zona de conforto do poder. Hay de endurecerse pero perder lá ternura jamas! Acho que e mais ou menos isso! Se errei foi porque já estou um pouco fora de forma.

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