Foram 48 horas no prédio da administração central. Sobretudo grevistas do setor técnico-administrativo e estudantes. Docentes deram apoio moral, digamos assim, como regra. Mas o fato é que as categorias intimaram a reitoria, exigindo posição oficial acerca de quatro pontos – como você leu AQUI, no início da tarde de terça-feira. Entre eles o corte do ponto e o calendário escolar. Não querem um. E pretendem ver alterado o outro.
Ontem, quarta-feira, à tardinha, o reitor Felipe Muller e o vice Dalvan Reinert, como exigido pelos grevistas, fizeram PUBLICAR a resposta oficial da administração, no sítio oficial da UFSM. Na prática, fizeram o que se poderia esperar deles: afora a compreensão para com a legitimidade do movimento, contestaram algumas questões e, objetivamente, disseram, em relação aos dois pontos citados acima, que um depende de determinação judicial e outro é decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Nenhum da alçada exclusiva do reitor.
Agora de manhã, diferente do que esperava a reitoria, os manifestantes continuavam no interior do prédio da administração. Exigiram a publicação de uma contrarresposta em que se contrapunham ao documento oficial. Não dá pra dizer que não foram atendidos. Apenas que foi na forma de um link para a entidade que, de fato, conduziu a ocupação da reitoria. No caso, a Associação dos Técnico-Administrativos (ASSUFSM).
Explicando: afora uma introdução, o sítio oficial da UFSM remeteu para a nota já publicada na página da entidade dos trabalhadores. Quanto ao conteúdo (que você poderá conferir abaixo), a primeira impressão é que, não obstante os termos, foram, digamos, brandos.
Bueno: entendeu-se que a exigência foi cumprida e, enfim, no início desta tarde, os grevistas remanescentes no prédio se retiraram. Até a próxima, ousa imaginar o editor.
PARA A NOTA DA REITORIA, DE ONTEM, CLIQUE AQUI.
PARA A CONTRARRESPOSTA GREVISTA, A PARTIR DO SÍTIO DA UFSM, CLIQUE AQUI
SE PREFERIR NÃO PERDER 10 SEGUNDOS, VAI DIRETO AO SÍTIO DA ASSUFSM, AQUI.
E que tal o frio? Espero que NÃO tenham usado aquecedor elétrico, pois estando em GREVE deveriam evitar usar infraestrutura PÚBLICA.
Mais até do que apoio moral, na noite de quarta para quinta, dois professores que integram o Comando Local de Greve dormiram no hall de entrada da reitoria, junto com técnicos e estudantes.