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‘MENSALÃO’ (2). Os réus e o PT já estão condenados pela mídia tradicional, diz o governador Tarso Genro

Tarso Genro: Collor, Fernando Henrique e “mensalão”. Tratamento bem diferente

Quem confere a mídia tradicional percebe uma forte campanha pela condenação dos réus, apresentando-os como “quadrilheiros da impureza política”. Já foram condenados, independentemente do processo judicial, sejam ou não culpados diante da lei brasileira.

As afirmações acima, e outras mais, como a lembrança de casos como os de Fernando Collor (“impeachment”) e Fernando Henrique Cardoso (caso da viciada votação que levou à possibilidade de reeleição) são parte de instigante (atenção, ninguém precisa concordar) artigo publicado pelo governador gaúcho Tarso Genro, no portal da Agência Carta Maior. Em tempo: não é demais lembrar que o titular do Palácio Piratini, internamente, no PT, é adversário político ferrenho de boa parte dos políticos agora em julgamento. A foto é do arquivo do sítio. Confira:

Mensalão e Judicialização da Política: a metáfora da mesa

O grande legado da chamada “era Lula” não é o “mensalão”. Nem este é o maior escândalo da história recente do país. Se a compra de votos para a reeleição do Presidente Fernando Henrique Cardoso – que certamente ocorreu à revelia do beneficiário – tivesse a mesma cobertura insistente da mídia e se os processos investigativos tivessem a mesma profundidade das investigações do chamado “mensalão”, a eleição que sucedeu aqueles eventos poderia ter sido inclusive anulada e um mar de cassações de mandatos e de punições pela Justiça poderia ter ilustrado, ali sim, o maior escândalo institucional da República. Tratava-se da nulidade de um mandato presidencial, cuja viabilidade teria sido literalmente comprada.

Assim como o impedimento do Presidente Collor foi feito dentro do Estado Democrático de Direito, o processo do mensalão” também o foi. Isso é bom para o país e bom para a democracia. A compra de votos para a reeleição, porém, foi diluída em termos de procedimento penal e logo arquivada também politicamente. Naquela oportunidade a política não foi judicializada, consequentemente, não foi “midiatizada” e, como sabemos, na “sociedade espetáculo” de hoje o que não está na mídia não está na vida política.

O fato de que o Estado de Direito funcionou em todos estes casos não quer dizer que isso ocorreu de maneira uniforme. O tratamento não foi igual para todos os envolvidos. As ações e providências políticas no Estado de Direito refletem no espaço midiático de forma diversa e não cumprem finalidades meramente informativas. São “mercadorias informativas” cujo objeto não é promover necessariamente decisões judiciais perfeitas e justas, apenas passam o “olhar” dos detentores do poder de informar. A Justiça, como a renda, é sempre distribuída desigualmente…”

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6 Comentários

  1. Faço minhas as palavras do Luís V (e acrescento – PTLuf), porém, o mais interessante é o Sr. Lulla dizer, na época, que não sabia…! Afinal, como todo ‘grande país’, o breakfast não era feito com a Casa Civil e/ou Militar, expondo headlines dos grandes jornais?

  2. Concordo com o Luiz Venâncio e lamento muito as palavras do nosso Governador,sempre pródigo em tentar explicar o inexplicável e em considerar os cidadãos, mero idiotas.

  3. O governador mostra a mesma cara de pau usada para manter no Brasil o criminoso condenado Cesare Battisti (4 assassinatos de inocentes na Itália) para dar sua versão particular dos fatos.

    Em contraditório, podemos afirmar que – à exceção da mídia insignificante, pelega e dependente de dinheiro público (ressalte-se que não é o caso deste blog aqui), formada por blogs, microblogs e P-H-Amorins da vida – todo mundo sabe – com base em reportagens investigativas consistentes mostradas na mídia – que o Mensalão foi o maior roubo de dinheiro público da história do Brasil em todos os tempos.

    Negar esta verdade comprovada pelo MP, PF e aceita pela ampla maioria do STF (quase todos indicados pelo PT) é agir com má-fé e flagrante falta de caráter.

    Tarso poderia usar melhor seu tempo procurando soluções para o pagamento do piso salarial dos professores ou para determinar a eralização de concurso público para as vagas da tal Empresa Gaúcha de Rodovias.

    O governador usaria melhor seu tempo – remunerado com o dinheiro de nossos impostos – defendendo os interesses do contribuinte gaúcho ao invés de ficar defendendo o indefensável.

    Chega de jogar para a platéia fanática e intoxicada pelo Santo Daime PTista.

    Tarso: VAI TRABALHAR!!

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