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Tentativa. O pau vai comer. Mas Lula pretende ficar de fora do grande forrobodó do petismo

O jornalista Ricardo Noblat publicou em seu site, os documentos contestadores da atual direção do PT nacional. Foram assinados (1) por Tarso Genro, Olívio Dutra e outros, e também (2) pelos deputados Candido Vacarezza e Rui Fabiano, entre outros. Agora surge um terceiro documento, chamado “PT, construindo um novo Brasil!”, que tem como signatários os atuais integrantes do chamado Campo Majoritário, que dirige o partido, inclusive o presidente Ricardo Berzoini.

 

O Partido dos Trabalhadores, como já escrevi ontem, quando briga, briga meeeesmo. Não é pouca coisa, não. Inclusive, para você ter uma idéia, e se junto acrescentar uma boa dose de paciência, vale a pena ler o que escrevem todos esses ilustres (clique

aqui e confira).

 

Mas tem alguém que, embora estimulando um dos grupos, exatamente o do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, faz o possível para se manter afastado do rolo. E tem uma razão bem clara: é encrenca certa. Quem? Exatamente ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também é um dos fundadores e presidente de honra do PT.

 

É exatamente desse aspecto, o envolvimento sem se envolver (se é que a expressão é possível), da atitude presidencial que trata o comentarista político Franklin Martins, em sua página na internet. Esse eu recomendo. Vale a pena ler. A seguir:

 

“Lula não quer governo metido na briga do PT

 

Nas últimas 48 horas, Lula pediu aos ministros do PT que tenham uma atitude discreta na luta interna do partido. Foi bastante enfático numa conversa com o ministro das Relações, Tarso Genro, que ameaçava ocupar o lugar de líder da oposição ao Campo Majoritário. Querendo ou não, com esse tipo de trombada, Tarso puxaria a briga no PT para dentro do Palácio do Planalto. Isso é tudo que Lula não quer no momento.

Pela mesma razão, o presidente pediu aos ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para não assinarem um documento interno com fortes críticas à atuação da direção do partido nos últimos anos. Lula fez o mesmo apelo a ministros e assessores que integram o Campo Majoritário, como Luiz Dulci e Marco Aurélio Garcia: devagar com o andor.

Por experiência própria, o presidente sabe que as disputas internas no PT costumam ser apaixonadíssimas e duríssimas. Quando o partido estava fora do poder, o efeito do bate-boca era limitado. Esgotava-se na militância. Agora, porém, a situação é outra. Acompanhado de perto pela imprensa e explorado pelos adversários, o debate pode produzir estragos bem maiores do que no passado.

O maior deles seria contaminar a agenda positiva do governo, voltada para o crescimento econômico e a inclusão social, com a agenda negativa do partido, centrada na discussão da crise do mensalão e das práticas internas que vieram à tona durante o escândalo. Se os ministros do PT entrarem de corpo e alma na briga, a confusão entre as duas agendas será inevitável, o que, no momento de largada do segundo mandato do presidente, só traria problemas para o governo. Daí o pedido feito por Lula de que haja uma separação de corpos entre o governo e o partido.

Tanto que, na sexta-feira, Lula irá a Salvador para o jantar de comemoração dos 27 anos do PT. Desfilará ao lado do governador da Bahia, Jaques Wagner. Falará para os militantes em clima de vitória. Aproveitará a ocasião para vender com entusiasmo o peixe do PAC. Mas, estrategicamente, deixará a capital baiana antes do início da reunião do diretório nacional, que começa a preparar o 3º Congresso do PT, no sábado. Não quer se envolver de jeito nenhum com o quebra-pau…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra do comentário, clique aqui.

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