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E POR QUÊ? Não só, mas a extrema-direita nativa simplesmente adoooora… o ministro Joaquim Barbosa

Seria restringir demais, ideologicamente, mas o fato é que a extrema-direita (facilmente identificável em porções da classe média que vê corrupção nos atos dos outros, jamais nos dela) encontrou um ídolo. Que não se faz de rogado, aliás, como se pode depreender do texto (como sempre, muito bem escrito) do jornalista Juremir Machado da Silva, do Correio do Povo. A seguir:

 “A paixão da extrema direita brasileira por Joaquim Barbosa

A direita e a extrema direita brasileiras estão apaixonadas por Joaquim  Barbosa.

Passaram a valorizar até o que sempre condenaram em outros: a questão racial.

Já o transformaram em candidato à presidência da República em 2014.

Por antipetismo visceral, imaginam ter encontrado, enfim, um candidato capaz de derrotar Dilma, Lula, o PT,  a esquerda, o bolsa-família, o ProUni e até as cotas, que Barbosa apoia.

Outro dia,  a Folha de S. Paulo publicou uma entrevista de Claus Roxin, um dos pais da teoria do domínio do fato, a doutrina esdrúxula usada por Barbosa para condenar sem prova material.

No meio de algumas coisas esquisitas, que se mostraram deturpadas pelo jornal, Roxin, que obviamente não se manifestou sobre o caso concreto do mensalão, disse uma coisa que não retirou como princípio doutrinário: a sua teoria não dispensa a prova material, não aceita apenas indícios.

Roxin, constrangido com a repercussão das suas declarações, pois deixou o STF numa saia justa, resolveu corrigir o jornal e, dilplomaticamente, sair da confusão. Alegou o que todos alegam quando falam demais e entram numa fria: que suas declarações foram tiradas do contexto e deturpadas. Pode ser. Deve ser. O essencial, porém, não se alterou, mesmo que afirmado em abstrato, como funcionam as teorias: sem provas, não. Só na evidência, não.

Alguns representantes da extrema direita vibraram achando que Roxin  passou a legitimar o uso da sua teoria pelo STF. Não o fez. Da mesma maneira que, num contexto específico, sem a ver com o mensalão, afirmou o que vale também para o mensalão: não se deve julgar pelo clamor popular. A correção de Roxin, embora estratégica, repete o principal saindo do concreto.

A extrema direita fica eriçada.

Estava se sentido arrasada.

Imagina ter recebido oxigênio.

Não tem o menor interesse por corrupção.

Só quer manifestar seu horror a reformas sociais.

É pura ideologia…”

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3 Comentários

  1. Bom dia !
    Claus Roxin, não é um “dos pais” da teoria do Domínio do Fato, e sim um dos aplicadores da teoria que é amplamente usada na doutrina alemã.
    Tem origem no ano de 1939 e é uma teoria que estuda a conduta e não o resultado.
    A teoria é amplamente utilizada para qualificar os crimes de organizações criminosas e contra o meio-ambiente.
    A teoria é aplicada para que os mandantes do crime cometido também possam ser penalizados.
    De outra forma, somente quem pratica o ato é que sofre punição ou sofre a maior punição.
    O Juremir Machado se perde ao debater um tema que não domina para justificar sua aversão a essa “direita” , registre-se, que é inclusive integrante e detém grande influência no governo petista.
    Abs.

  2. Façam uma pesquisa entre o povão, aquele que não está nem aí para extrema-direita, extrema esquerda e o escambau. É do povo que vem a verdadeira popularidade do Sr.Joaquim Barbosa. Não consigo acreditar que ainda achem que o José Dirceu não é culpado de nada e que foi injustiçado. Vamos diminuir um pouco essa vassalagem, admitir que o PT é como os outros, senão pior, e q

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