Bueno, concordar não é preciso. Mas alegar desconhecimento também é inaceitável. O trabalho de pesquisa do jornalista Alceu Luís Castilho, e que se transformaram no livro “Partido da terra: como os políticos conquistam o território brasileiro” é, no mínimo, impactante. Traz informações tão precisas quanto possível acerca da propriedade da terra (no caso, de muuuita terra) por parte de uma classe que, afinal de contas, tratará do tema no seu âmbito de atuação. No caso, os políticos.
A propósito do livro, e investigando um possível (Provável? Certo?) conflito de interesses, a assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) produziu alentado material, como mostra a reportagem assinada por Bruna Homrich (com informações também do portal Universo Online). A seguir:
“Pesquisa mostra politicos entre grandes latifundiários…
… Três anos de pesquisa, realizada pelo jornalista Alceu Luís Castilho, levaram à conclusão de que políticos brasileiros, filiados aos mais diversos partidos políticos – sobressaindo-se, entretanto, PMDB, PSDB e PR – são os maiores proprietários de terras do país. Após análise de aproximadamente 13 mil declarações de bens enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por políticos eleitos, constatou-se que 2 milhões de hectares de terras estão concentrados nas mãos de políticos com mandatos municipais, estaduais ou federais. Esse valor, entretanto, pode ser maior, talvez alcançando os 4 milhões de hectares, uma vez que as informações passadas ao TSE são relativas apenas ao valor do terreno, e não à sua área total. O estudo encontra-se compilado no livro “Partido da terra: como os políticos conquistam o território brasileiro”. A obra é da editora Contexto, possui 240 páginas e custa aproximadamente 25 reais.
Questionados pela Sedufsm sobre as problemáticas que permeiam essa realidade, os docentes do departamento de Extensão Rural da UFSM, Paulo Roberto Silveira, e do departamento de Direito, Luiz Ernani Bonesso de Araújo, explicam que reside em relação a este assunto, um profundo conflito de interesses.
Paulo Silveira explica que, apesar de apresentarem um peso crescente nas decisões nacionais, os grandes grupos empresariais do setor agroalimentar não retiraram o poder político dos proprietários de terras, que agora estariam travestidos de empresários modernos ou produtores do agronegócio. “Tal poder é exercido para conter as reivindicações pela reforma agrária e para manter um modelo que sustenta a expansão econômica do país através da exportação de commodities agrícolas e agroindustriais. Os governos Lula e Dilma mantiveram nosso crescimento econômico baseado neste modelo agrário-agroindustrial-exportador, pois esse permite os superávits da balança comercial brasileira”, diz Silveira.
O professor Luiz Ernani Araújo diz que, para garantir a defesa de seus interesses, os proprietários rurais criam suas representações políticas, pois hoje, as decisões estão no Congresso e no Executivo. Para ele, essas representações visam não somente evitar a reforma agrária, mas toda e qualquer medida que se possa tomar…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.