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NA REDE (2). Schirmer mantinha 850 seguidores no Twitter. Reciprocidade só com formadores de opinião

Segue o segundo texto, produzido a partir do trabalho de conclusão do curso de Relações Públicas da UFSM, da agora profissional Patrícia Koefender. O primeiro foi publicado ontem (confira AQUI). Agora, começam as análises específicas dos principais candidatos. No caso de Cezar Schirmer (PMDB), uma peculiaridade: o candidato seguia cerca de 15%. A maioria destes formada por formadores de opinião, inclusive na mídia.

O candidato Schirmer no twitter

Por Patrícia Koefender

Capital Social é interação, é conexão, e não se pode analisar sua construção sem dedicar-se a uma observação crítica da rede de conexões que os candidatos construíram em seus perfis. Inicialmente, comparamos a lista de seguidores com a lista de perfis seguidos, obtendo assim, o índice de reciprocidade dos laços estabelecidos entre estes e os candidatos.

Cezar Schirmer possuía no Twitter 850 seguidores, o maior número entre os candidatos analisados. Este elevado número era esperado por se tratar de um perfil pessoal (o único entre os candidatos que utilizou seu perfil pessoal para a campanha) e por se tratar de um candidato a reeleição, ou seja, já possuir o reconhecimento de prefeito. Dos seguidores de Schirmer apenas 58 possuem reciprocidade, ou seja, seguiam e eram seguidos por ele. O baixo nível de reciprocidade revela duas coisas importantes, a primeira é que Schirmer não se preocupava em seguir todos que o seguiam, a segunda é que o candidato construiu reciprocidade principalmente com pessoas que conhecia fora da ambiência digital também.

Analisamos também quantos dos seguidores do candidato se apresentavam em seus perfis como integrantes da mídia (jornalistas, radialistas, blogueiros, perfis de jornais, revistas, emissoras de TV e rádio, etc.), ou da política (militantes, candidatos, vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores, órgão do governo, etc.) Essas categorias não são excludentes uma vez que existem integrantes que se definem como parte da mídia e como politicamente atuantes.

Nota-se que, dos seguidores de Schirmer, 713 não deixavam claro em seus perfis fazerem parte da esfera da mídia ou da política, seguindo o candidato por questões pessoas e/ou ideológicas. Do restante dos seguidores, 82 se intitulavam parte da mídia em seus perfis, demonstrando a credibilidade como fonte que o então candidato possuía, e 55 declararam-se parte da esfera política nos termos acima especificados.

Analisamos ainda quem eram os perfis seguidos pelo candidato, de maneira a revelar conexões e interesses deste. Separados nas mesmas categorias utilizadas para os seguidores, os perfis seguidos por Schirmer apresentavam uma dinâmica diferente dos seguidores. Dos perfis analisados 25 eram identificados como integrantes da mídia, 48 da esfera política e 57 não se declaravam parte de nenhuma desta na descrição do twitter. Nota-se, assim, o grande interesse de Cézar Schirmer em estabelecer relação com outros políticos e com integrantes da mídia, relações que do ponto de vista do Capital Social poderiam lhe trazer grandes benefícios.”

AMANHÃ: a relação da então candidata Helen Cabral com o Twitter

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