OPERAÇÃO RODIN. Presidente da FUNDAE “estranha a transferência” de juíza e procuradores e critica a RBS
Um artigo contundente e que faz sérias observações acerca da Justiça Federal, do Ministério Público Federal e à mídia grandona, “leia-se RBS”. O autor é o empresário Mario Gaiger, presidente da Fundae, que tem R$ 24 milhões retidos, ainda por conta do processo que se arrasta há mais de 5 anos. Confira você mesmo, a seguir, a íntegra do texto enviado pela assessoria de comunicação da Fundação:
“Na Justiça, movimentações estranhas atrasam resultado
(ou como a Justiça “correu” e a sociedade ficou de braços amarrados)
A FUNDAE sofreu novo duro golpe neste início de ano. A notícia da transferência (solicitada) da Juíza Federal Simone Barbisan Fortes, deixando sem sentenciar um processo que se arrasta há cinco anos e meio, reforçou a certeza de que a decisão final e, com ela, a possível liberação dos mais de R$24milhões retidos, demorará ainda um bom tempo. Enquanto isso, nossa entidade que tem um trabalho sério de mais de três décadas de promoção da inclusão através da educação, fecha as portas.
Não há como não pensar em movimentação de interesses por trás da transferência da Juíza juntamente com a também excepcional saída dos TRÊS promotores que atuaram no caso.
No caso da Juíza, a saída causa mais estranheza e perplexidade uma vez que a mesma assegurou, ainda no início deste ano, que não iria embora sem dar o veredicto.
Ao pedir sua transferência após estar tanto tempo responsável pelo julgamento de um processo com o peso do “Caso Rodin” e ter ido descansar participando de uma disputa esportiva pela qual foi aclamada em duas grandes matérias em jornal local, a Juíza Simone Barbiza fez sua escolha de vida, optando por se ver livre de suas obrigações para as quais é mantidade pela sociedade: de garantir a isenção e a aplicação da justiça, aquela que antes se escrevia com “J” maiúsculo.
Os movimentos conjuntos dos representantes do Poder Judiciário são inadamissíveis ainda mais se a comunidade refletir o impacto da decisão: novo protelamento na decisão final de um caso que abalou não só a FUNDAE, mas também uma das entidades basilares de Santa Maria – a UFSM, além da própria auto-estima de toda a comunidade, que se viu centro do que foi chamado, e ainda não comprovado, um dos maiores escândalos com recursos públicos do Rio Grande do Sul.
Além de não dar resposta à sociedade, a fuga de seu dever pela justiça joga para um futuro incerto a vida de inúmeras figuras públicas de destaque regional, mantendo-os presos ainda sob o peso das acusações e com seus patrimônios, fruto de toda uma vida de trabalho, in-disponibilizados.
Para completar, mais uma vez um dos fundadores da UFSM e da própria FUNDAE, nosso estimado professor Isaia, teve seu nome reincluído na ação de improbidade administrativa, da qual já havia sido retirado.
As movimentações para retardar o fim desse processo que chocou Santa Maria se manifestam também no pedido do Ministério Público (após tanto tempo!) para a inclusão de novos dados das movimentações financeiras, como ressalta o blog poncheverde: “o processo está paralisado por uma liminar concedida no mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público Federal, pedindo reabertura do período de instrução, e que também instaurou correição parcial nos atos da juiza Simone Barbisan Fortes nesse processo.”
O pior de tudo é o silêncio ou conivência da grande mídia, leia-se grupo RBS, que não dá voz e vez ao contraditório, simplesmente deixando de noticiar as ações das pessoas atingidas pelo caso, como os solenemente ignorados ou merecedores de notas de rodapé lançamentos dos livros do ex-deputado estadual e ex-conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do RS, João Luiz Vargas, no último dia 12, “Conspiração Rodin – a arte de destruir reputações”, e do livro “Cabo de Guerra”, do jornalista Políbio Braga. Sem falar nas simuladas isenções ao colocar em nota, por exemplo, que o protelamento poderia beneficiar os réus. Afirmação leviana que, obviamente, não justificam com dados ou análise pertinente.
A comunidade santa-mariense – entidades empresariais e da sociedade civil, lideranças políticas locais e regionais – que se colocou à disposição para buscar apoio para a preservação da FUNDAE acabou batendo de frente com uma parede de indiferença por parte dos detentores do poder, que se fazem de surdos e mudos. Resta a sensação de um salve-se quem puder e do absolutismo de alguns agentes públicos que nada têm a temer e a ninguém devem justificar seus atos, falhas e omissões.
Mario Gaiger
Empresário e Presidente da FUNDAE”
Concordo em gênero, número e grau com o texto do empresário Mario Gaiger. A Fundai,…que sempre foi um ORGULHO para nós gaúchos,…saiu maculada deste triste episódio. Salvemos a Fundae,…NÃO permitamos que ela “morra”!
Muito PAPO furado, tem que resolve logo esta pendenga mesmo, chega de enrolação, chega de querer se promover a custa dos outros, tem muita coisa sendo prejudicada , mas o BOM SENSO de certos magistrados, ora,vai para as cucuias, e eles não são melhores que nos, e podem ,sim, receber criticas, que foi o que recebeu,e eu acho que foi ate pequena diante do estardalhaço do caso rodin, pensem e façam….. estamos a muito tempo esperando e voces são pagos por nos,ora bolas.
Este é o exemplo típico de “jus sperniandi”.
Não tenho procuração para defender ninguém, mas o nível pouco republicano do artigo merece considerações.
Primeiro: a vara criminal federal e juizado especial adjunto não tem um processo somente. Se o número chegar a casa das centenas ou até dos milhares não causaria espanto. Quem determina qual é o mais importante, os réus?
Juízes e promotores são transferidos, mas não é somente uma mudança de lugar de trabalho. Mudar de entrância (uma espécie de hierarquia entre comarcas)equivale a uma promoção. Além do mais são determinadas em nível superior, o resto é teoria da conspiração. O judiciário, que deve ser impessoal, vai continuar a funcionar com outros atores.
“Figuras públicas de destaque”, “um dos fundadores da UFSM”. Bueno, têm os mesmos direitos e deveres que os demais. Numa república não existem cidadãos de primeira e de segunda classe.
O comentário sobre a juíza, além da deselegancia, beira a injúria. Apesar de alguns terem a vontade de jogar os promotores e a magistrada numa masmorra até a sentença deste processo “especial”, por incrível que pareça, eles têm direitos também.
Os livros podem ter o conteúdo que tiverem, o que vale é o processo. E no processo, quem alega tem que provar.
A RBS? Não subestimo a população gaúcha. Ao contrário de muitos que querem controlar a mídia, acredito que um povo educado e com visão crítica resolve o problema. E isto o RS já tem.
O santo Tarso poderia aproveitar e se manifestar a respeito. Ou aquele espetáculo feito, que tirou a ex-governadora Yeda da disputa por qualquer coisa aqui no Estado, foi uma “sorte” para o nosso governador, que na época do “escândalo” era o Ministro da Justiça…
Ai quem sabe, ele aproveite, e venha falar também sobre a corporação que ele é diretamente responsável, o Corpo de Bombeiros.
Caso Rodin e Kiss.
Enquanto isso, depois da BMW confirmar uma fábrica em SC, agora a Mercedes Benz demonstra o interesse em se instalar no estado vizinho.
Já no RS….
Do que adianta ter um governador do mesmo partido da “presidenta” se uma ministra (Ideli Salvatti) pode mais?
Até ano que vem, Tarso.
Cabe a justiça sentenciar logo o Caso Rodin, um das maiores fraudes da história do RS, punindo os culpados, seja quem for, e abolvendo os inocentos. Só não me venham dizer que a operação foi equivocada, porque sobram provas contra muita gente. Se a Fundae não deve nada, que seja desvinculada do processo, mas se deve que seja responsabilizada assim como qualquer mortal.
Concordo em genero, numero e grau com que vc escreveu Mario. Conheço bem a FUNDAE e sei dos serviços prestados, gratuitamente, a sociedade de Santa Maria, mas o mais engraçado de tudo isso é que ninguem se levanta contra isso. É de estranhar mesmo uma juiza que, essa sim, se aproveitou da mídia, agora larga tudo e apenas dá um aceno a pessoas honestas que foram xincalhadas pela pressa, primeiro de tentar implicar uma governadora e depois implicar gente respeitável da sociedade santamariense. Não digo que não tem culpados, tem sim e gente grande, mas COM CERTEZA A FUNDAE ESTÁ DE FORA disso tudo.