TRAGÉDIA. Denúncia do Ministério Público não antes de sexta. Equipe confere o inquérito em tempo integral
Em princípio, o prazo é de cinco dias, no caso de indiciados presos. E há quatro nesta condição, concluído o inquérito policial que apurou causas e responsabilidades pela tragédia de 27 de janeiro, na boate Kiss. No entanto, o volume extraordinário que alcançou o trabalho feito pela equipe coordenada por cinco delegados impede que a denúncia do Ministério Público se dê até esta segunda-feira, quando o prazo expira.
Estima-se que demore um pouco mais. Quem sabe na próxima sexta-feira será conhecido o resultado da análise feita por três Promotores de Justiça, com o auxílio de estagiários – e que trabalhou inclusive na sexta-feira santa, para dar conta da tarefa.
Sobre isso, e também várias outras informações relevantes, o jornal A Razão produziu excelente material, publicado em sua edição de final de semana. Vale a pena conferir o texto (e a foto) de Luiz Roese. A seguir:
“Promotores sem feriadão por causa do caso Kiss…
… A Sexta-Feira Santa é feriado para a maioria das pessoas. Para três promotores criminais que estão em Santa Maria, não. Foi dia de trabalho normal, e eles não contarão com uma folga nem no sábado nem no domingo. O motivo são 52 volumes com 13 mil páginas, que integram o inquérito que investigou a tragédia da boate Kiss. Além deles, há mais 11 volumes de procedimentos relativos a prisões e mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. O Ministério Público (MP) corre contra o tempo para analisar essa papelada toda e oferecer as denúncias à Justiça.
Na conclusão do inquérito da Polícia Civil, foram indiciadas criminalmente 16 pessoas. Agora, o Ministério Público tem três alternativas, que não são excludentes entre si: pode pedir mais investigações à Polícia Civil; pode pedir para que o inquérito seja arquivado ou que alguns indiciados tenham seus nomes arquivados; e fazer a denúncia para que o processo criminal se inicie. Nesse último caso, o MP ainda pode apontar a responsabilização de pessoas que não tenham sido citadas nas conclusões da Polícia Civil ou não oferecer denúncia de alguém que tenha sido indiciado.
Nessa árdua tarefa de analisar o inquérito, estão três promotores: Joel OIiveira Dutra e Maurício Trevisan, de Santa Maria, e o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do MP, David Medina, de Porto Alegre. Nesta sexta-feira, eles contavam com o reforço de dois estagiários de direito e um servidor administrativo do MP. Após a conclusão da análise, os documentos serão remetidos ao juiz Ulysses Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria. Durante a semana, mais estagiários se juntam à força-tarefa, que contou nos primeiros dias com a colaboração de servidores do MP da Capital…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
“Ministério Público apresenta análise do inquérito da Kiss na terça-feiraColetiva de imprensa está agendada para 13h30min desta terça-feira em Santa Maria”
Editor! pelo DSM de 1º/04/2013, sera antes de sexta.
Márcio Dutra
ötima perspectiva… todos trabalhando e a CPI enrolando. Pais, parentes, amigos,… querendo conferir e até APOIAR a CPI e ela trai a população.
Enquanto isto gente trabalhando para esclarecer tudo, doa a quem doer.
Vários trabalhando com afinco desde o dia 27 de janeiro para cumprirem com suas responsabilidades: socorristas, médicos, enfermeiros, outros profissionais da saúde, voluntários, policiais civis, promotores públicos…Só os vereadores da CPI destoando. Fazendo somente uma sessão por semana e antecipando reuniões em véspera de feriado, por comodidade e proveito. Continuem assim e logo sentirão os efeitos.
Torço que os promotores façam um bom trabalho. Empenho estamos vendo que tem.
Tenho pressa, é verdade, do final da análise dos promotores. Talvez aí parem tantos comentários sem fundamento que estamos vendo.
Afinal, quem quer partidarizar o debate? A Polícia fez uma análise técnica e emitiu parecer. Se os indiciamentos virarão processos, é outra coisa. Mas, a parte técnica foi feita.
O pessoal ligado à prefeitura (incluindo os puxa-sacos de plantão) se apressou em colocar o ingrediente partidário no debate.
Eu tenho a firme convicção de que o prefeito, a quem respeito muito como pessoa, não foi indiciado por crime apenas por ser o responsável pelos atos da prefeitura. Se fosse isto, seria tão somente improbidade administrativa. Mas, e o ofício do MP? Uma coisa é bem clara para mim: Se Tarso tivesse recebido missiva com igual teor, e não tomasse providências, deveria sim estar na mesma condição que o prefeito. É isto, o resto é conversa fiada. Aguardemos então os promotores. Pergunta que não quer calar: Se acaso seguirem a linha da Polícia, irão acusa-los de partidários também?
Orgulho dos verdadeiros SERVIDORES Públicos, em meio a tantos MUTIRÕES pela saúde e pela justiça ,decorrentes da tragédia KISS.
Feliz Páscoa.