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UM MÊS DEPOIS. No pós-tragédia, o que andou foi o inquérito policial. Agora, vai demorar. E não é pouco

Inquérito da Kiss demorou 55 dias e responsabilizou 28.Agora, passo será bem mais lento
Inquérito da Kiss demorou 55 dias e responsabilizou 28.Agora, passo será bem mais lento

Uma ressalva: para as autoridades judiciárias e da promotoria, não é muito. Ou, por outra, tem um tempo próprio, que garanta o contraditório (função primordial do Estado de Direito). E está certo. No entanto, esse não é o, digamos, clamor da sociedade. Esta gostaria que tudo andasse mais rápido. E é o que motiva o título desta nota.

Ressalva feita, é fato que o inquérito policial, que demorou 55 dias (se completa hoje exatamente um mês da divulgação) e que, na opinião deste editor, foi excepcionalmente bem feito – responsabilizando aqueles que, a juízo dos indícios colhidos pelos profissionais da área, têm, sim, culpa a ser julgada. Seja em que foro for.

Dito isto, é bastante elucidativa a reportagem de Lisie Antonello, publicada na edição de hoje do Diário de Santa Maria. Que traz todas essas informações mas, sobretudo, repõe algumas questões (inclusive apontados hoje esquecidos – porque têm foro próprio para investigação e/ou julgamento). E que voltarão em alguns meses, no máximo. O que é muito tempo. Mas não é tanto, como observa uma das autoridades ouvidas.

Reproduzo, a seguir, parte dessa reportagem, com o devido link para o restante e também aproveito a chance para trazer, mais uma vez, a íntegra do relatório do inquérito policial. Inclusive para que não seja esquecido. Acompanhe:

Um longo caminho pela frente

O primeiro passo para a responsabilização pelo incêndio da boate Kiss, onde morreram 241 pessoas e centenas ficaram feridas, foi dado há um mês. Em 22 de março, a Polícia Civil de Santa Maria divulgou o resultado de 55 dias de investigação: o inquérito que indiciou 16 pessoas e apontou outras 12 como possíveis responsáveis pela tragédia.
A partir do inquérito, pessoas devem ser responsabilizadas criminalmente e na esfera civil por diferentes órgãos, em uma rede que se ramifica, ganha novos caminhos e pode andar em um ritmo diferente do frenético imposto pela polícia.

Um dos mais esperados caminhos é o que segue na Justiça de Santa Maria: o processo criminal, aberto no dia 3 deste mês, quando o juiz Ulysses Fonseca Louzada aceitou, na íntegra, a denúncia oferecida pelo Ministério Público. O processo está na primeira etapa. O prazo para as defesas dos oito réus se manifestarem começou na última sexta-feira e vai até o dia 29. Esta é a primeira fase do processo que, diferentemente da esfera policial, obedece a prazos legais e oferece a oportunidade de recursos, o que confere um ritmo próprio ao processo. Muitas vezes, aos olhos da população, um ritmo lento…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA SABER QUEM É QUEM, NO PROCESSO (E NO INQUÉRITO), CLIQUE AQUI.

CONFIRA, DE NOVO, O RELATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL: AQUI.

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