AssembleiaPolítica

VANDALISMO. Comissão da Assembleia ouve vítimas

A iniciativa foi do deputado Jorge Pozzobom, na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Uma audiência pública acontecida agora à tarde ouviu quem se sentiu prejudicado com atos de vandalismo praticados durante manifestações de rua. Os detalhes do encontro chegam através da assessoria de imprensa do parlamentar, em material assinado por Thiago Buzatto. Acompanhe:

Jorge Pozzobom (C) propôs a formulação de um documento a ser entregue às autoridades
Jorge Pozzobom (C) propôs a formulação de um documento a ser entregue às autoridades

DIREITOS HUMANOS – Audiência Pública ouviu vítimas de vandalismo na AL

Foi realizada nesta segunda-feira (23) a audiência pública da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa, que debateu a situação das vítimas dos atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações de junho em Porto Alegre. Após ouvir relatos de empresários e moradores da capital que tiveram prejuízos com as manifestações, o deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB), que presidiu a reunião, propôs a formatação de um documento com os relatos dos presentes para ser entregue às autoridades estaduais visando melhorar a segurança na cidade.

Pozzobom reconhece a importância das manifestações, mas criticou os atos de vandalismo contra o patrimônio particular e público. “Ninguém nesta audiência questionou a legitimidade dos movimentos sociais, a manifestação de pessoas que estão indignadas com a classe política que não está dando a resposta que a sociedade queria. Mas nós temos que saber quem são os verdadeiros autores e praticantes destes atos de vandalismo. Nós sabemos que a Constituição Federal garante, de maneira inequívoca, a livre manifestação, mas ao mesmo tempo ela proíbe de maneira clara e objetiva o anonimato. Estas pessoas que participaram das manifestações com o rosto tapado, eu não tenho a menor dúvida de que foram recolhidas e identificadas pela Brigada Militar merecidamente. Sou manifestamente favorável aos movimentos sociais, e radicalmente contrário aos atos de vandalismo”, afirmou.

Conforme Pozzobom, a partir da audiência pública será formatado um documento para ser encaminhado aos órgãos de segurança pública. “Nós vamos montar este documento em conjunto, pois no ano que vem teremos a realização da Copa do Mundo, e não podemos mais dizer que não estávamos preparados para lidar com manifestações. Que esta audiência nos deixe reflexões de como melhorar nossa segurança para que atos semelhantes não voltem a acontecer e que, como diz o nosso hino, nossas forças de segurança possam servir de modelo a toda terra”, concluiu.

Relatos – O vice-presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, revelou que os danos dos associados à entidade somaram mais de R$ 3 milhões, além de redução média de 25% do movimento e, em alguns casos, chegando a entre 40% e 50% em estabelecimentos do Centro. O presidente do Sinpoa, José de Jesus Santos, afirmou que, mesmo passado mais de três meses dos protestos de junho, os prejuízos ainda não foram recuperados e que os comerciantes sentem reflexos ainda hoje, pois qualquer notícia de manifestação afasta os clientes dos bares da Cidade Baixa.

O empresário Manoel Pimentel teve duas lojas depredadas e questionou o impacto que as manifestações causaram não apenas para os empresários, mas também para os trabalhadores, pois muitas empresas tiveram que demitir funcionários por causa dos prejuízos. Já o vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), Lúcio Olímpio de Carvalho, relatou que teve o carro destruído durante as manifestações, assim como cerca de outros 20 proprietários de veículos que estavam estacionados na rua Otávio Correa.

Além de Pozzobom, compuseram a mesa o promotor Miguel Velasquez; o vice-presidente do Sindilojas, Paulo Kruse; o presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), José de Jesus Santos; o vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), Lúcio Olímpio de Carvalho; o presidente do Sincopeças, Gerson Nunes Lopes; o diretor do departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, delegado Nedson Ramos de Oliveira; o delegado da Polícia Civil, Marco Souza; o vereador de Porto Alegre, Reginaldo Pujol; o assessor legislativo do CDL-POA, Luiz Antonio Pereira da Silva; o empresário e membro do Conselho Consultivo do CDL, Manoel Pimentel; e o professor aposentado Lineo Chemello.” 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo