IMPUNIDADE. Pesquisa apenas confirmou sensação que só os poderosos da comuna preferem não notar
Já há gente, creia, invalidando a pesquisa publicada no final de semana pelos jornais do grupo RBS. Ou, no mínimo, se surpreendendo – como é o caso de representante do Ministério Público OUVIDOS pelo Diário de Santa Maria, e que não entendeu porque esse poder está incluído entre os que são considerados responsáveis pela tragédia.
Não se está aqui tratando de questões de natureza técnica ou legal. Mas o fato objetivo é que somente os poderosos da comuna (inclusive na mídia) preferem não notar o que é óbvio: há, sim, uma nítida sensação de impunidade. Tanto que, dos 28 responsabilizados pelo inquérito policial, somente 12 ainda estão tendo que se defender no âmbito do Judiciário. E, desses, a rigor, somente quatro correm o risco de pena restritiva de liberdade.
Aliás, essa sensação foi objeto de interessante reportagem publicada pelo jornal Zero Hora e que você confere no material abaixo, colhido na versão online do principal veículo impresso do grupo RBS. A reportagem é de Leticia Duarte. Acompanhe:
“Sentimento de injustiça retarda luto em Santa Maria, aponta pesquisa…
…Mais do que revelar o sentimento de impunidade que domina Santa Maria seis meses após o incêndio da boate Kiss, a pesquisa realizada pelo Instituto Methodus sobre as percepções da população da cidade em relação à maior tragédia da história gaúcha emite outro alerta. Na avaliação de psicólogos e psicanalistas ouvidos por ZH, a sensação marcante de injustiça é um dos ingredientes que dificultam a elaboração do luto, retardando a superação coletiva.
Encomendado pelo Grupo RBS, o levantamento realizado com 600 moradores de Santa Maria mostrou que 57% deles não acreditam que será feita justiça e quase 62% deles discordam que todos os envolvidos estão respondendo judicialmente pelos erros cometidos. Para o psicanalista Robson de Freitas Pereira, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, reverter essa percepção é crucial para que a cidade consiga reagir.— Luto é poder aceitar aquela perda. Se a Justiça não consegue oferecer uma resposta, dificulta ainda mais essa aceitação. A reconstrução da vida e da cidade passa pelo sentimento de que se está fazendo justiça — analisa.
Professor do curso de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e um dos profissionais que trabalharam no centro de acolhimento às vítimas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o psicólogo Lucas Neiva-Silva concorda com a avaliação, chamando a atenção para o fato de que é necessário ir além da responsabilização dos culpados.
— Sentimento de justiça não é só a busca por responsáveis, é também a busca por mudanças efetivas nas políticas públicas. Não adianta só colocar a cabeça de alguém na bandeja, é preciso ações efetivas para garantir que aquilo nunca se repetirá, para que as mortes não sejam em vão — observa…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
nosso prefeito poderia pegar o exemplo do papa francisco e ser humilde e ser mais humano descer de seu castelo e ir de encontro aos familiares das vítimas da tragédia e seus eleitores, e mais as pessoas que o rodeiam porque parecem que sãos os príncipes herdeiros do trono.
PREFEITO CALCE AS SANDÁLIAS DA HUMILDADE, E QUE DEUS NOS PROTEJA
Não são os parentes das vítimas que estão deixando a cidade triste e sim, a impunidade.
A barraca na praça deveria se mudar para a Venâncio Aires, interromper o trânsito até que o Papa santa mariense renunciasse como fez o papa de Roma e só assim parasse de dizer besteira.
“As pessoas só se preocupam com o funcionamento das instituições quando “aperta o sapato”.
As pessoas, virgula, gef, fale por voce.
Se não consegues entender um grafico, uma pesquisa, volte para o banco escolar,se é que ja frequentou.
Pesquisas não me dizem muita coisa. Mas uma coisa é certa. Santa Maria, cidade cultura, coração do RS, não é tão diferente do resto do Brasil. As pessoas só se preocupam com o funcionamento das instituições quando “aperta o sapato”.
Eu digo e repito: A cidade de Santa Maria leverá anos para engatar uma marcha para frente, enquanto tivermos um clima de guerra por aqu, enquanto isso veremos a decadência desta cidade. E o pior que é por culpa EXCLUSIVA do prefeito municipal, que poderia ter tomado as rédeas dessa situação e ainda teria saído fortalecido.
Legalmente pessoas podem ficar isentasse responsabilidade, mas ver que NENHUMA ação administrativa, nem um puxão de orelhas, houve para com quem ERROU é decepcionante.
A pesquisa apenas mostrou o que todos já sabiam. Vivemos hoje numa cidade ,onde a população nao acredita nem no Judiciário,nem no governo municipal e,nem nos
Representantes políticos, exceto alguns . O que surpreende mesmo e a SURPRESA de pessoas habituadas a lidar com o publico e que por definicao devem defende-lo. Cabe aqui a preocupação da irmã Lurdes de outras tragédias diante do descredito da justiça, que se esta sendo feita, “ninguem nota”.
Na verdade as pessoas de bem continuarão e intensificarão a marcha pela justiça, e podem crer, pegara vulto.
A superação do luto e o perdao, passam pela justiça, enquanto isto ,os ” os fantasmas nao irão embora”