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O TAL DE DECORO. Dois edis na mira dos familiares da Kiss fazem parte da comissão que vai decidir o caso

kiss seloSe depender do que consta na “Ordem do Dia” para a sessão desta terça-feira, constante do Boletim Legislativo 38/2013, nada haveria de relevante a ser debatido – exceto, claro, os dois únicos projetos em votação, ambos denominando ruas. Mas… Mas, afora o que se poderá ouvir na tribuna, o importante, no Legislativo da comuna, acontece antes, a partir das 2 da tarde.

É assim: instado pela Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia, e que tem o respaldo também do vereador Werner Rempel, o presidente da Câmara, Marcelo Bisogno deve encaminhar representação à Comissão de Constituição e Justiça, Ética e Decoro Parlamentar. Lá é que se decide, num primeiro momento, se haverá ou não instauração de algum tipo de processo para saber se aconteceu ou não quebra de decoro (com todas as suas consequências) no EPISÓDIO da “gravação assombrada”. É improvável que ocorra qualquer coisa nesta terça, inclusive porque sempre há a possibilidade de, em entrando a representação, haver um “pedido de vista”.

O mais relevante, aqui, é outro fato. A CCJED tem sete integrantes. O governo, como de resto em todas as Comissões e no plenário, tem maioria. São quatro edis (Maria de Lourdes Castro/PMDB, Manoel Badke/DEM, João Carlos Maciel/PMDB e Sandra Rebelato/PP), contra três da oposição (Admar Pozzobom/PSDB, Coronel Vargas/PSDB e Werner Rempel/PPL).

Deu para perceber? Não? Então, o editor desenha.

Se supõe que, como dois dos integrantes da Comissão sejam os alvos da representação, eles se considerem impedidos. Assim, Maria de Lourdes e Sandra não participariam de qualquer decisão. Nesse caso, a oposição teria a maioria: três contra dois. Tcham-tcham-tcham-tcham!

É a chamada sinuca de bico, da qual terá que se deslindar o presidente da Comissão, João Carlos Maciel. Se a coisa for pelo voto, um eventual processo se instala, com consequências imprevisíveis.

Há, sempre, porém, um plano B para o governo. Claro, com todo o desgaste que isso imporia mas, como se viu na criação da CPI da Kiss é bom não descartar a hipótese. Qual? A substituição das edis por outros, também governistas.

Você duvida? Este editor, não. Aguardemos!

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5 Comentários

  1. Tchê, do jeito que os governistas estão tratando o povo e a opinião pública da nossa cidade, arrisco o seguinte palpite:
    As duas vereadoras nem vão se considerar impedidas. Vão votar contrariamente ao pedido e pronto. E ainda vão sair de lá cheias de soberba, de nariz empinado e desafiando alguém que queira ser contrário à opinião delas. “aqui é nóis qui manda!!!”
    Claro, é só um palpite.

  2. Se o governo substituir os membros da CCJ é mais uma prova da materialização do que diz a gravação: A CPI não pode dar em nada!

    Uma possível substituição dos membros no meu ver daria motivos políticos para pedir o impeachment do Prefeito Schirmer!

    O Vereador João Carlos Maciel que enfrenta processo em tramitação e que já teve sua idoneidade moral questionada, pode muito bem dar um exemplo de que não é nada disto. Como Presidente da CCJ, pode o homem alegria do rádio, mostrar que é um homem íntegro e aceitar o procedimento e fazer sorteio de quem deva ser o ouvidor do processo.

    Lembrando que o pedido do Tiago Aires pedindo instalação de processo ético em virtude da instalação da CPI governista, caiu nas mãos do ouvidor Vereador Manoel acabou sendo “arquivado”, tão logo, o mais coerente e democrático é a votação entre os 5 vereadores da CCJ que não são envolvidos no caso.

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