COORDENADORIAS. Schirmer nomeou e, só depois, avisou aos partidos. Que aceitaram. Já os vereadores…

Os nomes de Vacile Zimmermann, para Camobi, e Maria Aparecida Meller, para a Zona Oeste, primeiros titulares das Coordenadorias Regionais, com status de secretaria, foram oficializados junto aos partidos da base do governo apenas no início da noite desta quarta-feira – em reunião realizada no 7° andar do Centro Administrativo Municipal.

As agremiações não foram consultadas pelo prefeito Cezar Schirmer. Houve, mesmo, quem ficasse sabendo através deste sítio, que ANTECIPOU as escolhas, em absoluta primeira mão, perto das 6 da tarde. Só uma hora mais tarde, os presidentes do PMDB (Robson Zinn), PP (Erony Paniz), PSDB (Álvaro Rochedo), DEM (Rodrigo Menna Barreto) e PDT (Duda Barin), ficaram oficialmente sabendo da decisão do comandante do Executivo.

Segundo uma testemunha, a reação foi satisfatória. Tanto aos nomes quanto em relação ao critério estabelecido pelo prefeito. Entendem que, afinal, não haveria como compatibilizar interesses difusos, especialmente neste momento em que se avizinha a campanha eleitoral.

O que o olheiro do sítio não soube responder, talvez até porque não soubesse, é por que o prefeito demorou tanto para resolver esse enrosco. Afinal, a iniciativa de criar os cargos foi da Prefeitura. E a Câmara, como aconteceu até aqui, no governo Schirmer, aprovou sem qualquer discussão, no início de dezembro passado. Quer dizer, sete meses se passaram e, de repente, as coordenadorias deixam o papel para ganhar as ruas e avenidas de Camobi e da região Oeste.

Mas isso é uma discussão. Outra é que, se os partidos, ao menos por enquanto, não embrabeceram, não se pode dizer o mesmo de vereadores. Havia pelo menos um quarteto deles, a maior parte no PMDB, inclusive suplentes, que gostariam de ter influenciado na decisão. No mínimo. E foram deixados de lado.

Cezar Schirmer, pelo que apurou o editor, ouviu até mesmo empresários da região, especialmente em Camobi, antes de definir-se por Zimmermann – que, veja só, muitos anos atrás, foi até presidente de comissão pró-emancipação daquela área. E mais: empresário com atuação, em gestões passadas, na Cacism, liderança comunitária e até cultural (presidiu o CTG Sentinela da Querência), não tem pretensões eleitorais. E pode, claro, fazer bom trabalho. É o que vislumbra o prefeito, ao fazer o convite. Vereadores com base em Camobi não apitaram.

Como também ninguém se meteu na escolha de Maria Aparecida Meller, para a região Oeste. Onde pelo menos três edis, dois do PMDB, queriam tirar uma lasquinha. Um, João Kaus (suplente do suplente, mas eventualmente titular), até se lançou como possível coordenador. Duvida? Busque os arquivos das emissoras de rádio para as quais ele deu entrevista, no final do ano passado.

Maria Aparecida, que também não concorre a nada, além de tudo tem a experiência administrativa requerida, tendo sido sub-prefeita de Boca do Monte (onde reside), no governo de Osvaldo Nascimento, no fim dos anos 90.

Quer dizer, Schirmer passou ao largo dos partidos e dos vereadores, para definir a questão. Dos primeiros, teve pelo menos o benefício da solidariedade inicial. E dos segundos? O futuro dirá.

EM TEMPO: outra questão ainda não tem resposta e que pode ser um lenitivo aos descontentes. Cada Coordenadoria tem cinco CCs disponíveis. Quem os nomeará? Se houver interferência partidária ou dos edis, todo o esforço do prefeito para despartidarizar a decisão irá para o beleléu. É aguardar para conferir.

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