“…As principais causas da inflação, indubitavelmente, estão relacionadas ao aumento desordenado dos gastos públicos, à conjuntura econômica internacional desfavorável e à perda da credibilidade dos agentes econômicos com medidas de cunho populista eleitoreiro.
Neste sentido, cabe urgentemente ao governo uma forte política monetária e fiscal visando a maior responsabilidade macroeconômica, o que passa necessariamente por uma melhor reordenação dos gastos públicos, por uma reforma tributária, fiscal e previdenciária e também por aumento das taxas de juros, o que infelizmente penaliza mais uma vez o setor produtivo…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “A inflação e o Plano Real”, artigo de Daniel Arruda Coronel. Ele é professor adjunto do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Mestre em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A diferença entre o ideal e o possível, às vezes, é muito grande.
Reforma fiscal, previdenciária, etc. não irão acontecer.
Nosso Guia fez um favor à nação: antecipou a campanha de 2014 em ano e meio.
Perspectiva é aumento de gastos do governo, muito antes do que deveria ocorrer. Manifestações pioraram este fator.
O dólar está instável e, embora alguns não se preocupem, isto é pior do que o valor dele. Planejamento é afetado.
Cotação vai ter peso na importação de combustíveis (guerra na Síria fez o barril de petróleo disparar, não sei a quantas anda). E a Petrobrás está subsidiando o preço da gasolina. Tem peso também nos insumos do agronegócio.
Valor de 2,4 é bom para alguns setores porque mascara a baixa produtividade e os problemas com logística. Mais barato comprar aqui do que trazer do exterior.
Petrobrás precisa se capitalizar para os leilões que vêm por aí. Não consegue. E a gasolina não sobe por causa da inflação e da eleição do ano que vem. Gasolina subsidiada prejudica o setor de açúcar e álcool.
Empresas grandes não fazem planejamento lendo jornal. Têm as próprias fontes, mais confiáveis. Acertam sempre? Não. Previsões têm o mau costume de não se confirmarem, mas é preciso preparação para o que pode dar errado. Ano passado (ou começo deste) alguns contratos de entrega de soja para a China não foram cumpridos e foram cancelados. Gargalo logístico. China comprou 110 mil toneladas dos americanos. Não era previsto. Preço subiu. Uma coisa está relacionada com a outra? Não se sabe.
Não que a economia esteja de todo ruim. Mas se o sujeito caminha muito na beirada do precipício pode ser que caia. É uma questão de risco.