ESPANHOIS. Vinda de grandes empresas consolidaria Polo Industrial de Defesa em SM, acredita a Prefeitura
O prefeito Cezar Schirmer parece mesmo empenhado em criar e implantar o Polo Industrial de Defesa em Santa Maria, aproveitando as peculiaridades locais (forças armadas presente, por exemplo) e as circunstâncias em torno delas: as universidades, particularmente, mas também o Tecnoparque.
Tudo isso, claro, é interpretação do editor, a partir, por exemplo, dos salamaleques em torno dos espanhóis da Indra, uma empresa transnacional com 42 mil funcionários, fabricante de simuladores para uso civil e militar, e que enviou, a convite do prefeito, dirigentes para Santa Maria. Nesta quarta, eles foram à UFSM e ao Tecnoparque – nesta visita ciceroneados por Cezar Schirmer.
Para saber mais de tudo isso, vale a pena conferir o material produzido pela Assessoria de Imprensa do Gabinete do Prefeito. O texto é de Luiz Otávio Prates, com foto de Felipe Pires. A seguir:
“Direção de empresa espanhola conhece o Santa Maria Tecnoparque. Visita aconteceu nesta quarta
Após cumprirem uma série de agendas no EXÉRCITO , na terça-feira (10), as atenções dos diretores da multinacional Indra se voltaram à prefeitura e à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E, na manhã desta quarta-feira (11), o prefeito Cezar Schirmer recepcionou a direção da companhia, em seu gabinete, e acompanhou os executivos em uma visita ao Parque Tecnológico e ao Distrito Industrial (DI). “Queremos transformar o nosso município numa referência em políticas na área de defesa”, sintetizou o chefe do Executivo.
Os diretores da companhia, os espanhóis Juan Carlos Arenal Aguado e Fernando Vallejo Hermida, e o brasileiro Anderson Markziewicz, conheceram de perto a estrutura do Parque Tecnológico. “Esperamos que se frutifique esta relação”, comentou o diretor de Defesa da Indra no Brasil, Markziewicz. Durante a visita, o superintendente Executivo da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm) e o diretor Executivo do parque, Cristiano Silveira, apresentaram o complexo industrial aos empresários.
Para o prefeito, a atração de empresas de grande porte, deste segmento, consolida o Complexo Industrial de Defesa. “Hoje, temos uma sólida…”
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Maria… Depois do secretario engenheiro florestal que mandava cortar tudo em troca de mudas de papel… O Schirmer planta mas depois derrubam
Mas o bom administrador não pensa somente no hoje. Se não plantar não se colhe, dependendo da arvore quem vai se beneficiar com seus frutos não são os que plantaram a mesma.
Olha, sinseramente…não levo muita fé nesse “ufanismo” propagandístico por parte do nosso alcaide desenvolvimentista. Mas enfim,…é aguardar para ver se este “projeto” irá de fato se tornal real.
Concordo com o GEF. Além do mais, temos que entender dois aspectos primordiais, um que demonstra erro estratégico, talvez por desconhecimento do administrador da cidade e da agência de desenvolvimento, qual seja, os espanhóis estão atrás em primeiro lugar, de mercado para seus produtos, visto que o mercado europeu está um caos (a Espanha tem 35% da mão de obra desempregada). Portanto, alianças com eles são do tipo “tudo prá mim”. O segundo ponto,que demonstra desconhecimento de como funciona o mercado da indústria de defesa, é que este é um mercado regido por regras próprias, negociadas muitas vezes em termos mais diplomáticos do que econômicos (vide o episódio dos M113). Portanto, a atração dos espanhóis da Indra poderá até acontecer, mas SE o exército adotar as soluções deles (e existem no mínimo mais dez competidores) e a cidade então oferecer diferenciais que sejam realmente competitivos. Parque tecnológico temos no mínimo mais trinta no Brasil (muito melhores que o nosso!), universidades qualquer cidadezinha do Brasil tem, incentivos fiscais todo mundo oferece, e por aí vai. Produção técnica científica das universidades? Alguma pode ser transformada em produto tangível e adequado às necessidades deles? Portanto, temos mesmo um longo caminho. E decisões tomadas hoje vão se refletir daqui a dez anos. E o pior é que a Prefeitura é surda! Só sabe gritar manchetes, sem substância.
Alguém tem que fazer o papel de advogado do diabo.
Os 42 mil funcionários estão espalhados em 128 países. Sete mil deles estão no Brasil. A empresa possui plantas de produção de software em Campinas e Goiânia.
Já foram anunciados mais meia dúzia de parques tecnológicos no RS até o fim de 2014.
Na minha opinião, leigo que sou, depende das vantagens financeiras, logística e currículo. Currículo no sentido dos empreendimentos que já existem na cidade e da produção técnica pré-existente das instituições de ensino locais.