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PARA ENTENDER. A “confissão” da Globo tem muito pouco a ver com política, e muito mais com economia

Surpreendeu meio mundo a “confissão” da Globo. Para quem chegou de Marte agora, o editor dá conta: no final de semana, o jornal “O Globo”, e na segunda-feira a TV, via seu principal noticioso, o “Jornal Nacional”, reconheceram como “erro” o apoio que deram ao golpe militar de 64 e, mais que isso, a sustentação midiática que ofereceram durante todo o período autoritário.

Nada que não se soubesse, claro. Aguarda-se, para algum momento, “confissões” semelhantes de outros grupos, inclusive do Rio Grande do Sul – sim, aqui também teve (tem) disso, pode estar certo, caro leitor. Mas, e por que isso aconteceu, digamos, tão repentinamente? O editor leu um punhado de análises a respeito, buscando explicações para o que parecia (e era) inusitado.

A melhor delas, sempre na avaliação do editor, veio do jornalista Luis Nassif, que sabe tudo de economia e política, concorde-se ou não com as ideias dele. Vale a pena conferir, inclusive por que dismistifica um pouco essa coisa “política” da Globo. Acompanhe:

O dia que a Globo piscou

Na sexta-feira passada, as Organizações Globo surpreenderam o país com uma autocrítica de seu apoio à ditadura militar. Soou artificial. Um dia antes, manifestantes jogaram merda em sua sede, em São Paulo. Nas redes sociais, com exceção da revista Veja, não existe organização capaz de despertar tanto amor e ódio.

Para entender essa demonstração de fraqueza da Globo, é preciso analisar o atual estágio da mídia brasileira. O mercado da Internet está sendo disputado por três grupos: a mídia convencional, as empresas de telefonia e as grandes redes sociais, como Google e Facebook.

Antes, mídia vendia publicidade; telefonia vendia pulsos; redes sociais vendiam sonhos. Agora, as redes sociais vendem publicidade, ligações telefônicas e filmes sob demanda. Nos EUA, já dominam completamente a publicidade nacional (dos grandes produtos) e os classificados.

No ano passado, o Google se tornou-se o segundo faturamento em publicidade do país, atrás apenas da Globo, e à frente da Abril e demais grupos de mídia, com R$ 2,5 bilhões. Este ano, deverá crescer R$ 1 bi…

Dias atrás, um interlocutor de João Roberto Marinho – um dos herdeiros da Globo – ouviu dele manifestação de surpresa com o ódio que a empresa desperta, o desassossego com a crise dos aliados – seus três maiores aliados, Folha, Abril e Estadão, perdem fôlego a cada dia que passa -, o desconforto com a competição das redes sociais…”

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Um Comentário

  1. A mídia está mudando… mas na cabeça do cidadão internauta ainda faltam livros e leitura crítica do contexto social: muitos usam a internet só pra ver novelas, ouvir lelek lek e ler fofocas das ‘celebridades’. Aí a coisa não muda mesmo, só muda a plataforma.

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