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No parlamento. Vida de Valdeci Oliveira, aqui, é mansa, se comparada à de Luiz Inácio, lá

Vamos comparar? É verdade que tem a questão da Casa de Saúde e sua municipalização, que deve ser resolvida ainda em janeiro. Mas há bons indicativos de que a Câmara de Vereadores, inclusive com muitos votos da oposição, a par do (legítimo) discurso político, deverá chancelar a posição demonstrada por Valdeci Oliveira. Inclusive em relação ao convênio de gestão do hospital fundado pelos ferroviários.

 

Depois, é um grupo de projetos importantes, mas praticamente consensuais. Com uma exceção: a Contribuição para a Iluminação Pública que, embora não diga, o Executivo deve apresentar antes do final do ano – quase certamente após o pleito de outubro. E a repercussão do resultado se dará, inevitavelmente, somente no mandato do futuro prefeito. Portanto, é possível combinar, do ponto de vista da relação com o parlamento, Valdeci Oliveira tem pela frente, no seu último ano como prefeito, período de relativa tranqüilidade, quase mansidão.

 

Já não se pode dizer o mesmo do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda que tenha maioria confortável na Câmara e razoável no Senado, terá obrigatoriamente que negociar, para aprovar projetos do interesse do Executivo. Em alguns casos, inclusive, tem tudo para penar bastante. Mesmo que, e essa é uma diferença importante, em relação aos embates de 2007, não seja necessária a maioria de 2/3 – pois não há emenda à constituição sendo discutida no Congresso.

 

Em todo caso, bem loguinho, Lula terá que se virar para garantir pelo menos três bons resultados, do ponto de vista dele. Um é o Orçamento da União para 2008, com os cortes resultantes da ausência da receita da revogada CPMF. Não é pouca coisa, afinal deputados e senadores serão convidados a cortar as próprias emendas. O que é muuuito complicado.

 

Os outros dois temas, apesar do barulho, devem ser menos (mas não muito) difíceis. Um é a Medida Provisória que criou a TV Pública. Outra a MP que aumenta a Contribuição Social sobre os Lucros para os bancos. A segunda, mais que a primeira, deverá (é palpite claudemiriano) ser facilmente aprovada.

 

Como se pode perceber, por uma leitura rapidinha da conjuntura, Valdeci aqui terá muito maiores facilidades (dentro da eventual dificuldade) para ver seus pleitos atendidos pelo parlamento. Ou não?

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui o artigo “Agenda legislativa de curto-prazo do governo e sua chance de aprovação”, do cientista político Murillo de Aragão, publicado por Ricardo Noblat.

 

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