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KISS ‘LIMPA’. Mães de vítimas no local da tragédia

Jacqueline (no primeiro plano) arrumou, também, a camiseta com a foto do filho, Augusto
Jacqueline (no primeiro plano) arrumou, também, a camiseta com a foto do filho, Augusto

O material abaixo, que reproduz com bastante exatidão (é possível perceber, com clareza, o carinho único de que mães são capazes) o que aconteceu hoje, em frente ao local onde funcionou a boate Kiss e onde ocorreu a tragédia que matou 242 jovens e feriu pelo menos outros 600.

O autor da reportagem, em texto e foto, é Luiz Roese, e ela foi originalmente publicada no portal Terra. Acompanhe:

Mães de vítimas fazem limpeza na frente da Boate Kiss

Com cuidado, Jacqueline Malezan arrumou a camiseta com a foto de seu filho Augusto, que está presa no tapume colocado em frente à Boate Kiss. Assim como a roupa que lembra o jovem que morreu aos 18 anos na tragédia do dia 27 de janeiro, faixas, cartazes, bilhetes e outras mensagens que homenageiam as vítimas do incêndio na casa noturna foram deixadas no mesmo local, durante o mutirão realizado na sexta-feira à tarde por mães que perderam seus filhos.

Marta Beuren, mãe de Silvio Beuren Júnior, que morreu na tragédia aos 31 anos, disse que a ação foi para “não deixar Santa Maria feia”. “Não sei a quem caberia esse trabalho, mas nós, mães, resolvemos nos reunir para fazer essa limpeza, como uma forma de homenagear nossos filhos. Esse trabalho acaba sendo um bálsamo para o nosso coração”, comentou Marta.

Os familiares retiraram somente as flores e plantas que já estavam secas e deterioradas e também fizeram uma varrição. As mães acabaram recolhendo vários sacos de lixo do local.

Para realizar o trabalho, as mulheres, que fazem parte do Grupo Mães de Janeiro, usaram máscaras de proteção, já que a quantidade de produtos tóxicos que rondam a boate é grande. Em março, profissionais do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), sediado em Santa Maria, recolheram amostras de resíduos do interior da casa noturna, e depois enviaram o material para análise do Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), vinculada ao governo paulista. O exame apontou a presença de 17 produtos químicos no pó residual que estava na Kiss.

Diante dos riscos ambientais e de saúde, o juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo processo criminal da tragédia, pediu duas vezes providências ao Ministério Público Estadual (MP), à prefeitura e à Fundação de Proteção Ambiental (Fepam). O Ministério Público chegou a abrir um inquérito civil para investigar o caso. A Econn Empreendimentos de Turismo e Hotelaria, dona do imóvel, já se prontificou a contratar uma empresa para fazer um projeto de limpeza e descontaminação do local e a execução do serviço.”

PARA LER O MATERIAL (inclusive outras fotos) NO PORTAL TERRA, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Ué? Como elas estão limpando se local está CONTAMINADO por substancias toxicas? O juiz mandou limpar! Saiu no jornal de hoje!
    Esta senhoras correram risco?

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