Os indícios já apontavam nessa direção. Os bancários se mostraram indignados com a proposta, a primeira depois de quinze dias de paralisação, feita pelos banqueiros. A rigor, acrescentou apenas 1% ao que era a oferta inicial, e muito longe da pretensão dos trabalhadores.
Assim, é natural que a assembleia realizada hoje à tarde em Santa Maria (como, de resto, em todo o País) rejeitasse e mantivesse o movimento paredista. Sobre isso, e também um relato da situação das agências locais e da região, confira material produzido e distribuído pela assessoria de imprensa do sindicato da categoria. O texto é de Maiquel Rosauro. A seguir:
“Bancários rejeitam proposta da Fenaban. Greve segue por tempo indeterminado
Os bancários de Santa Maria e região rejeitaram a contraproposta de 7,1% de reajuste salarial, 7,5% sobre o piso de ingresso, além de PLR fixa no valor de 10%, oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na sexta-feira. A decisão foi tomada por unanimidade em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, 7, na AABB, em Santa Maria.
– Nosso objetivo amanhã (terça-feira) é ampliar a greve a fim de forçar a Fenaban a apresentar uma contraproposta digna à categoria – argumenta o diretor do Sindicato dos Bancários, Marcello Carrión.
Nesta segunda-feira, 39 agências e unidades administrativas de bancos públicos e privados foram paralisadas (total ou parcialmente) pela greve dos bancários na região Central do Estado. O movimento grevista teve início em 19 de setembro.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%), PLR de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese). Em sua primeira proposta a Fenaban ofereceu reajuste de 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial.
Adesão à greve na região Central do Rio Grande do Sul em 7.10.2013
Caixa Econômica Federal
Santa Maria
Centro – Fechada
Marechal Mallet – Fechada
Ymembuí – Fechada
Morotim – Fechada
UFSM – Fechada
Camobi – Fechada
Coração do Rio Grande (Fórum) – Fechada
Boca do Monte (Tancredo Neves) – Fechada
REREC – Fechada
GIRET – Fechada
Região
São Sepé – Fechada
Restinga Sêca – Parcial
Tupanciretã – Parcial
São Pedro do Sul – Fechada
Júlio de Castilhos – Fechada
Jaguari – Fechada
Faxinal do Soturno – Parcial
Banrisul
Santa Maria
Centro – Fechada
Bozano – Fechada
Presidente Vargas (Policlínica Wilson Aita) – Fechada
Camobi – Fechada
Dores – Fechada
Medianeira – Fechada
Tancredo Neves – Fechada
Região
Pinhal Grande – Fechada
Agudo – Fechada
São Sepé – Fechada
Júlio de Castilhos – Parcial
Restinga Sêca – Fechada
Cacequi – Fechada
São Vicente do Sul – Fechada
São Pedro – Parcial
Banco do Brasil
Santa Maria
Centro – Parcial
Presidente Vargas – Parcial
Mariano da Rocha – Parcial
Niederauer – Parcial
Medianeira – Parcial
Região
São Sepé – Parcial
São Vicente do Sul – Fechada
HSBC
Santa Maria
Centro – Fechada
Principais reivindicações da Campanha Salarial dos Bancários 2013
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%);
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15;
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);
> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação;
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.”
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