Santa MariaTragédia

A RÉPLICA. Médico e irmão de vítima responde a artigo de um defensor de réu do processo da Kiss

kiss seloNo dia 28, a última quinta-feira, o jornal Zero Hora publicou artigo do advogado Jader Marques, defensor de um dos réus do processo criminal da Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, denunciado por homicídio qualificado por dolo eventual. No texto de Marques, titulado “Respeito”, o advogado diz, por exemplo, que “sem direito de defesa, não há processo regular nem sentença válida”. Bueno, se você quiser conferir a íntegra, está AQUI.

Nesta terça-feira, quem escreve nas páginas de opinião de ZH é o médico Eduardo Beuren. Ele é irmão de Sílvio Beuren Júnior, um dos 242 jovens mortos na tragédia de 27 de janeiro. Para ele, a Justiça, no caso, é o reconhecimento do dolo eventual, no processo em andamento. Mas, e isso, de certa maneira, sintetiza o pensamento da maioria (senão quase totalidade) dos familiares das vítimas, o mais importante, para este editor, é quando ele enfatiza que, além disso, há a necessidade de inclusão de mais réus.

Confira, de todo modo, você mesmo o que escreve Beuren, a seguir:

“Direito x justiça: a tragédia da boate Kiss

Li o artigo elaborado pelo advogado criminalista Jáder Marques, publicado na edição de ZH em 28/11/2013. Basicamente, ele faz uma defesa do exercício da sua atividade profissional. Cita na explanação o jurista Oswaldo de Lia Pires, enaltece a importância do seu mister e finaliza cobrando o devido respeito à atuação dos membros de sua classe.

É interessante que tamanha habilidade com as palavras não faça a apologia do que entendo como a virtude máxima em questões legais: a necessidade incondicional em promover a verdade, doa a quem doer. O trabalho de criminalistas é fundamental dentro do Estado democrático de direito, haja vista que a divergência e o delito são condições que acompanham a evolução humana. Entretanto, nada pode ser mais essencial do que a transparência e a aplicação irrestrita da justiça.

Passados 10 meses da maior tragédia do Rio Grande do Sul, na qual minha família foi dilacerada pelo arrebatamento súbito de meu querido irmão, vitimado junto com mais 241 inocentes em meio às chamas e à fumaça tóxica geradas pelo incêndio da boate Kiss, vejo o momento ideal para expressar o que compreendo como justiça. A manifestação do senhor Jáder Marques me fez refletir mais uma vez sobre os acontecimentos daquele horrendo 27 de janeiro.

A dolorosa perda repentina de um ente querido foi potencializada pelo desespero e sofrimento que sem precedentes testemunhamos nas ruas de Santa Maria. A magnitude do dano assumiu proporções globais, gerando comparações com episódios similares ocorridos em New Jersey e em Buenos Aires – com o agravante de que, aqui, mais vidas foram ceifadas. Para os parentes e amigos íntimos, restaram feridas incuráveis na alma, sonhos despedaçados e a certeza de que os dias por vir terão menos encanto…” 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. “Inquérito policial nem vale a pena comentar”
    A verdade nua e crua, de um inquerito que o reporter e promotor aposentado Claudio Brito(RBS), colocou como perfeito e inatacavel.
    Voce não tem capacidade de comentar,GEF.
    Agora defender o indevensavel,alcaide, voce acha que pode.
    Tenha, no minimo, coerencia.

  2. Este não foi o advogado que foi agredido? Justo escrever sobre as prerrogativas. Os músicos que foram intimidados no calçadão ganharam só uma ou duas linhas.
    Pensar diferente é ofensivo e a civilidade pode ser ignorada.
    Inquérito policial nem vale a pena comentar.
    A briga é pelo dolo eventual. Existe a possibilidade de alguns réus não serem enquadrados? Existe, mas é pouco provável. Mas existe um detalhe, o dolo eventual é compatível com as qualificadoras dos crimes? Não sei.

  3. “Além disso, durante as investigações policiais sobrevieram indícios de relações escusas entre agentes públicos e políticos e os sócios da boate. Isso é inaceitável!” Artigo escrito por,Eduardo Beurden em Zero Hora 03/12/2013.

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