Coluna Observatório. “No PT e no PMDB, até pelo tamanho deles, a confusão é beeem maior”

A coluna tenta ser didática, para facilitar a vida do leitor. Se não conseguir, será por absoluta incompetência do repórter, e não por falta de matéria-prima.

Tome-se o PMDB. Aqui, a disputa vem de pelo menos 15 anos. Antes, havia um compartilhamento de lideranças, se dá para usar o termo. Desde então, consolidou-se o caciquismo, protanizado por Cezar Schirmer, que tornou-se a única chefia política reconhecida. E, por obra e graça de seus aliados, acabou afastando outros potenciais comandantes. Cercado por parceiros fiéis, mesmo à distância, o deputado controla a sigla na cidade. Como não existe unanimidade, aos poucos os ditos históricos foram se afastando, os que podiam, ou se acomodando, os que queriam. Ou ainda se alienando das decisões, os que não possuíam outras alternativas.

O resultado? Um partido dividido. Não exatamente ao meio, porque Schirmer (que não é visto em reuniões partidárias públicas há muuuito tempo), agora representado por Tubias Calil, continua dando as cartas.

E o PT, hein? São três grupos majoritários. Nenhum, sozinho, tem maioria. Então, o jeito é disputar. E seja o que Deus quiser. Há a Ação Democrática (Fabiano Pereira e companhia), o Grupo do Valdeci (Valdeci Oliveira e aliados) e o PT Amplo (Paulo Pimenta no comando). Para dirigir a agremiação, só com muita negociação. E nem sempre (é a acusação dos que perdem a disputa) o resultado é respeitado. Então… bafafá e mais bafafá. E publicamente, quase sempre.

No momento, mas ninguém pode garantir que será assim amanhã, Pimenta e Valdeci e seus grupos, dão as cartas. Os demais esperneiam. E têm influência. E podem mudar o jogo, que ninguém pode garantir o contrário. Depende do fiel da balança – hoje o deputado Pimenta e o PT Amplo.

O certo é que nada é certo, no PT de Santa Maria. E uma eleição vêm aí, com confrontos na esquina, à espera da hora exata. Que pode ser hoje. Ou só depois do pleito municipal. Com o petismo, nunca se sabe.