BRASIL. Estamos acostumados à violência nas ruas?
POR MAIQUEL ROSAURO
Seja em nossos jornais locais ou no noticiário nacional, a violência tem batido a nossa porta. Mas como lidamos com isso? Será que já nos acostumamos? O jornal espanhol El País publicou uma interessante análise sobre o problema e a forma como a população brasileira está lidando com o assunto. Leia abaixo:
O Brasil se revolta a cada imagem
O Brasil se contorce por imagens, cada vez mais fortes. Elas parecem gravar-se a fogo nas pupilas dos receptores, criam debate e, em seguida, são esquecidas diante da brutalidade da próxima foto. Assim aconteceu com aquela imagem do policial ferido por uma pedra durante as manifestações de junho, com o rosto roxo de uma jornalista ferida por uma bala de borracha, com as decapitações no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, ou com as cacetadas dos policiais nos negros da periferia que curtiam um rolê em um shopping de São Paulo.
A última imagem poderosa, que rememora também uma outra época, a da escravidão que durou até 1888 no Brasil, mostra um adolescente negro, pelado, espancado e esfaqueado na orelha, amarrado a um poste pelo pescoço com uma trava de bicicleta. O rapaz, sem nome conhecido e com três passagens por roubo segundo a polícia, foi amarrado à vista de todos por um suposto grupo de justiceiros na Zona Sul do Rio. Foi apenas uma mulher, Yvonne Bezerra de Melo, de 66 anos, quem ligou para os bombeiros para libertá-lo. Yvonne, embora defendida por muitos, foi insultada por meio das redes sociais por ter libertado um bandido.
Em todas essas imagens o debate acaba sendo o mesmo. De um lado se clama para que essa –ou aquela- foto não se repita nunca, porque lembra a escravidão, a ditadura, e que não tem lugar em uma democracia. Do outro ainda se ouve o velho discurso de “bandido bom, é bandido morto”.
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O menor SÓ foi amarrado. Existe um vídeo circulando na rede em que o sujeito está sentado no chão, preso por populares. De repente para uma moto. O carona desce e dá um tiro na cabeça do suposto criminoso. Sinistro.