FOTO(GRAFIA). Rodrigo Ricordi. E, sim, a coragem
Por RODRIGO RICORDI
Nem sempre um clique é só um clique. Até porque é um processo que envolve muito mais do que o movimento muscular dos olhos e dos dedos e dos braços. No caso de um retrato, tem outro ser humano do outro lado da lente. E esse objeto nem sempre se sente à vontade em ser fotografado. Eu fiz alguns ensaios com pessoas que não posavam rotineiramente. Fotografei pessoas que não paravam em frente a uma lente sequer uma vez por ano. O desafio, nesses casos, é deixar o outro à vontade e fazer com que a câmera deixe de ser um alien babando ácido como naquele oitavo passageiro do Ridley Scott.
O título do texto remete a esse tipo de coragem que o fotógrafo precisa ter para encarar o desafio de decidir a foto. Nem sempre se tem mais do que segundos para isso. Ou uma fração de segundo. O nome dessa crônica remete à coragem que @ model@ tem que ter para se transformar em uma coisa que não é: uma imagem.
Hoje, a gente vive muito em função de imagem, até mesmo em relações cotidianas. É o mundo digital que nos afasta e nos faz conversar com fotos em redes sociais. Imagens são usadas para carregar mensagens, que muitas vezes não têm o mesmo sentido de quando a foto foi feita. Veja, por exemplo, a utilização de máscaras do inglês Guy Fawkes nos protestos de junho do ano passado.
Mas, como a vida imita a arte (e vice-versa), há decisões importantes que devem ser tomadas. Santa Maria vive uma fase em que ter coragem é item raro, principalmente no que diz respeito a quem pode (e deve) fazer com que a foto do desfecho do incêndio da boate Kiss retrate justiça.
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