AssembleiaCidadaniaEducação

CIDADANIA. Frente contra o racismo e a homofobia discute ações contra discriminação, no âmbito escolar

Reunião da Frente Parlamentar, na Assembleia, definiu uma série de encaminhamentos
Reunião da Frente Parlamentar, na Assembleia, definiu uma série de encaminhamentos

Aconteceu nesta quarta-feira a segunda reunião da Frente Parlamentar contra o Racismo, a Homofobia e outras formas de discriminação. O grupo, coordenado pelo deputado Valdeci Oliveira, e que tem a participação efetiva de vários representantes dos que mais sofrem com o preconceito, debateu muito sobre como a Educação pode ajudar a rebater as odiosas formas de discriminação dos seres humanos.

Para saber mais, e inclusive saber sobre os encaminhamentos dados a partir do encontro, acompanhe material produzido e distribuído pela assessoria do parlamentar. O texto e a foto são de Tiago Dias. A seguir:

Frente contra o Racismo discute estratégias para a educação

A Frente Parlamentar contra o Racismo, a Homofobia e outras formas de Discriminação da Assembleia Legislativa do RS realizou sua segunda reunião, nesta quarta (09). Coordenado pelo deputado Valdeci Oliveira (PT), o grupo, composto por parlamentares, movimentos sociais e representantes de órgãos do executivo, do legislativo e do judiciário, debateu questões voltadas ao enfrentamento da discriminação e do preconceito.

A assessora da Secretaria da Educação (Seduc), Marielda Medeiros, abordou as iniciativas em âmbito estadual para a implantação de políticas que combatam o racismo nas escolas. Ela salientou que houve avanços e reconhece a necessidade de um embate mais forte. “O que fizemos é muito pouco comparado à complexidade, mas é um passo importante. Não adianta mais tomarmos iniciativas para sensibilizar sobre o tema, precisamos partir para a ação”, comentou.

Os representantes dos movimentos sociais ponderaram sobre a dificuldade do cumprimento da Lei Federal 10.639/2003, que estabelece as diretrizes para incluir no currículo da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Uma das reivindicações é ter acesso aos Projetos Político-Pedagógicos (PPP) aplicados na rede estadual. “O currículo é aprovado na coordenadoria e precisam de alguns elementos básicos para serem aprovados. Existe uma autonomia para a construção dos PPPs, mas nós não estamos contemplados”, comentou Jorge Cruz, ativista do movimento negro. As lideranças reivindicam uma aproximação com o secretário da Educação, José Clóvis Azevedo, para dialogar e verificar o que precisa ser feito para que a lei seja efetivamente cumprida. O presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-RS, Leonardo Vaz, ratificou que é necessário o diálogo com o secretário também sobre o tema da homofobia nas escolas

Marielda apresentou um relato sobre os trabalhos de formação com os temas da diversidade (cultura afro-brasileira, gênero, cultura na escola), para as assessorias das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) do Estado, o projeto “Cor da Cultura”, que é desenvolvido em parceria com o Canal Futura, a representação dentro do Conselho Estadual de Educação, a transversalidade com outros órgãos do governo, como a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, a Secretaria da Saúde e a Fundação para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos (FDRH), e com a UFRGS, entre outras ações. “Não estamos fugindo da luta, precisamos nos desvencilhar do aparato jurídico para avançar. Precisamos trazer, além dos professores e da equipe diretiva das escolas, os pais e os alunos o debate”, ponderou.

O deputado Valdeci reforçou a necessidade de tratar a cultura afro-brasileira nos currículos escolares. “Temos que ter nas nossas escolas a valorização da cultura brasileira e não enaltecer a cultura estrangeira. É importante conhecer outra língua, mas é importante também reconhecer e se aprofundar sobre as origens do povo brasileiro e a nossa descendência africana”, comentou.”

PARA CONFERIR OUTROS ENCAMINHAMENTOS DA REUNIÃO, CLIQUE AQUI

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo