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Quem vai perder? Docentes municipais decidem boicotar atividades públicas da Prefeitura

Não é exatamente uma novidade. Há dois (ou três) anos, os docentes municipais decidiram, em assembléia geral, boicotar as atividades da Prefeitura, inclusive, por exemplo, a Feira do Livro e o Desfile da Pátria. A dose é repetida agora, em desconformidade com o reajuste salarial oferecido pelo Executivo e, ao que aparenta, com o fim das negociações.

 

Prejuízo? Não para a Prefeitura. Sim para as crianças – que gostam de livros e da feira e de desfilar na Semana da Pátria. Mas, enfim, parece que criatividade anda em falta, nos movimentos reivindicatórios. Atenção, não se discute o direito legítimo dos docentes em reclamar. Nem mesmo de protestar, claro. Mas que boicote é esse que não traz problemas para o patrão, apenas para o cliente? Hein?

 

Sobre a decisão dos docentes, tomada em assembléia geral nesta quarta-feira, confira o material enviado aos veículos de comunicação pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria. A seguir:

 

“Professores municipais decidem boicotar todas as atividades públicas da Prefeitura

 

Em Assembléia Geral do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria – Sinprosm realizada hoje(quarta)  à tarde, no Clube Caxeiral, os professores municipais se organizaram com o objetivo de expor a indignação da categoria frente à decisão do Executivo Municipal, de encerrar as negociações de reposição salarial.

 

Na última Assembléia a categoria já havia decidido que, no caso de uma posição negativa do Executivo, iria boicotar os desfiles da Semana da Pátria. Na Assembléia de hoje os professores decidiram que vão boicotar todas as atividades públicas promovidas pela Prefeitura. A professora Lourdes Passos desabafa: “Nós não podemos servir de palco para a Prefeitura”. Além disso, no início do mês de agosto os professores pretendem usar a tribuna livre na Câmara de Vereadores, no sentido de expor para a comunidade as reivindicações da classe.

 

O que decepcionou os professores foi o fato de que na última reunião com o Executivo, o mesmo desconsiderou totalmente a contraproposta dos professores e respondeu que irá manter a proposta dos 3,14% retroativos a março, e o restante (5,30%) em duas parcelas, a primeira no mês de setembro de 2007 e a segunda no mês de janeiro de 2008, e já irá encaminhar para a Câmara de Vereadores.

 

Para os professores uma negociação envolve diálogo e que ambas as partes cedam, mas o Executivo está impondo o índice de reposição e a forma de pagamento que melhor convém a eles. Dessa forma, os professores municipais decidiram boicotar a Prefeitura e expor a indignação da classe. “Se nós esmorecermos agora vai chegar ao ponto em que o Executivo nem sequer vai nos consultar, então é uma questão de dignidade para a categoria”, observa um dos coordenadores do Sinprosm, Antônio Lídio Zambon

 

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